Brava Energia (BRAV3) anuncia certificação de reservas e projeções de longo prazo
A Brava Energia (BRAV3) divulgou sua certificação de reservas para 2025, totalizando US$ 18 bilhões. A empresa possui 479 milhões de barris de petróleo equivalente em reservas provadas (1P), com a maioria composta por petróleo.

A Brava Energia (BRAV3) divulgou nesta quinta-feira, 17 de abril de 2025, a certificação de suas reservas de petróleo e gás para o ano de 2025, que totalizam US$ 18 bilhões em ativos. A petroleira detém 479 milhões de barris de óleo equivalente (boe) em reservas provadas (1P) e 605 milhões de boe em reservas provadas mais prováveis (2P), conforme os relatórios de certificação elaborados pelas renomadas consultorias DeGolyer and MacNaughton e Gaffney, Cline & Associates. Essas certificações confirmam a robustez e o potencial de longo prazo da empresa, com estimativas de valor presente líquido (VPL) de até US$ 10,1 bilhões para as reservas 2P, fornecendo um panorama estratégico relevante para investidores e o mercado de energia.
O que a certificação de reservas revela sobre a Brava Energia?
De acordo com a certificação, a Brava Energia possui uma significativa concentração de reservas, com 92% do total das reservas 1P representando petróleo, enquanto 8% correspondem a gás natural. O VPL das reservas 1P é estimado em US$ 8 bilhões, baseando-se em uma taxa de desconto de 10% ao ano, sem considerar o imposto de renda.
Esse resultado positivo não apenas valida a posição da Brava Energia como uma player importante no setor de exploração e produção de petróleo e gás, mas também oferece uma projeção de longo prazo para a empresa. Segundo a média de produção projetada para 2024, as reservas provadas (1P) da Brava teriam uma vida útil de 26 anos, sendo que, no pico da produção, esse período poderia ser reduzido para 12 anos.
Detalhamento das áreas de atuação da Brava Energia
A certificação de reservas de 2025, que utiliza como base a data de 31 de dezembro de 2024, contempla diversos campos estratégicos no Brasil. A Brava Energia certificou 100% dos ativos onshore nas Bacias Potiguar e do Recôncavo, bem como 80% do campo de Atlanta, 45% de Manati, 100% do campo de Peroá e 62,5% do campo de Papa-Terra. Esses campos são vitais para o futuro da empresa, pois representam uma parte significativa de sua produção e da geração de caixa esperada.
Campos excluídos da certificação de reservas
É importante destacar que os campos de águas rasas localizados no Rio Grande do Norte, como os de Pescada e Ubarana, e os campos no Parque das Conchas (BC-10) não foram incluídos no escopo da certificação de 2025. Esses campos representam ativos importantes, mas não estão cobertos pelo relatório de certificação apresentado.
Classificação de Malombe e potencial de crescimento
Outro ponto relevante abordado no comunicado foi a classificação dos volumes relativos ao campo de Malombe, que faz parte do Polo Peroá. Esses volumes foram classificados como recursos contingentes (10 MMboe de 1C), o que significa que sua exploração depende da declaração de comercialidade perante a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Brava espera que, com a evolução do cenário regulatório e de exploração, esse campo possa ser eventualmente comercializado, gerando um novo fluxo de receitas para a companhia.
Impacto no valor presente líquido e portfólio de Mid & Downstream
A Brava também forneceu detalhes sobre o impacto do VPL calculado, destacando que a estimativa não considera o portfólio de mid & downstream da empresa, que inclui operações de logística, processamento, refino e venda de derivados no Rio Grande do Norte. Esses ativos, embora não sejam diretamente incluídos na certificação de reservas, adicionam valor estratégico ao portfólio da companhia e podem ampliar as perspectivas de crescimento e rentabilidade no médio e longo prazos.