Setor público brasileiro registra déficit primário de R$ 66 bi e dívida bruta atinge 77,7% do PIB
Em novembro de 2024, o Brasil enfrentou um déficit primário de R$ 66 bilhões e uma dívida bruta de 77,7% do PIB.
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Em novembro de 2024, o setor público brasileiro enfrentou um aumento significativo no déficit primário, que chegou a R$ 66 bilhões. Este resultado marca um aprofundamento nas dificuldades fiscais do país, que, ao lado de um crescimento econômico mais lento, reflete a pressão sobre as contas públicas. Além disso, a dívida bruta do Brasil atingiu 77,7% do PIB, destacando os desafios de sustentabilidade fiscal.
O que está acontecendo com as finanças públicas?
O déficit primário de R$ 66 bilhões, registrado em novembro, representa uma aceleração em relação ao período anterior, em grande parte devido ao aumento dos gastos públicos e à lentidão da recuperação econômica. Embora o governo tenha buscado implementar medidas de controle de despesas, a falta de crescimento robusto continua a afetar a capacidade de gerar receitas.
Esse cenário tem gerado preocupações sobre o impacto das finanças públicas no futuro da economia brasileira. O governo está, mais uma vez, diante do desafio de equilibrar a necessidade de investimentos públicos com a busca pela redução do endividamento.
Por que a dívida bruta atingiu 77,7% do PIB?
A dívida bruta, por sua vez, atingiu 77,7% do Produto Interno Bruto (PIB), o que reforça a preocupação com a sustentabilidade fiscal do Brasil a longo prazo. Esse índice é considerado elevado por economistas e coloca o país em uma situação delicada, já que a capacidade de honrar compromissos financeiros depende diretamente da geração de superávits fiscais e da confiança do mercado.
O aumento da dívida está atrelado a uma combinação de fatores, como o crescimento das despesas com previdência e outros compromissos do governo, além da pouca margem de crescimento das receitas.