O Ministério da Fazenda revisou suas previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação medida pelo IPCA para 2024 nesta sexta-feira (13). A expectativa para o crescimento do PIB foi elevada de 2,5% para 3,2%, refletindo uma revisão otimista nas condições econômicas. Simultaneamente, a projeção para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi ajustada de 3,90% para 4,25%. Essas revisões refletem ajustes nas expectativas econômicas e uma análise mais detalhada dos indicadores econômicos atuais.

A nova projeção para o PIB agropecuário em 2024 foi reduzida de uma queda de 2,5% para 1,9%. Essa revisão positiva reflete as expectativas mais favoráveis para a colheita de milho, algodão e cana-de-açúcar, além dos abates ao longo do ano. Por outro lado, a previsão para o PIB industrial foi aumentada de 2,6% para 3,4%, destacando uma expansão maior na indústria de transformação e na construção. A projeção para o PIB de serviços também foi ajustada, passando de 2,8% para 3,3%, impulsionada por um desempenho robusto no setor e melhores condições de crédito para as famílias.

A projeção do PIB para 2025 foi reduzida marginalmente de 2,6% para 2,5%. Essa revisão considera a expectativa de um novo ciclo de alta nos juros pelo Banco Central, conforme as expectativas de mercado. No entanto, as estimativas para o crescimento econômico nos anos seguintes, 2026, 2027 e 2028, permanecem inalteradas, mantendo-se em 2,6%, 2,6% e 2,5%, respectivamente. Essa estabilidade sugere que, apesar das mudanças imediatas, a visão de longo prazo para a economia brasileira continua consistente.

A estimativa para a inflação medida pelo IPCA em 2024 foi ajustada para 4,25%, ainda dentro do intervalo de tolerância da meta, que é de 3,00% com uma variação de 1,5 ponto percentual. Para 2025, a previsão de inflação foi aumentada para 3,40%. Essa revisão leva em conta os impactos de um câmbio mais depreciado, mudanças nas tarifas de energia elétrica e ajustes no piso mínimo dos preços do cigarro. A Fazenda espera que a inflação retorne ao centro da meta de 3% a partir de 2026, com base na melhora nas expectativas de mercado e na política monetária.

Além das projeções para o PIB e IPCA, o Ministério da Fazenda também revisou suas estimativas para outros índices de preços. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que corrige o salário mínimo, foi elevada de 3,65% para 4,10% em 2024. Já para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), a estimativa foi ajustada de 3,60% para 3,80%. Essas revisões refletem as recentes tendências de aumento nos preços do atacado e a variação acumulada observada nos meses recentes.