A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou suas previsões para a produção de petróleo e o crescimento econômico do Brasil em 2024, mantendo suas estimativas anteriores. Segundo o relatório divulgado nesta segunda-feira (12), o Brasil continuará a ser um importante jogador no mercado global de petróleo, com projeções sólidas para a oferta de combustíveis líquidos e o avanço do Produto Interno Bruto (PIB).

A Opep ajustou suas expectativas para a produção de petróleo no Brasil, prevendo um aumento na oferta de combustíveis líquidos de 100 mil barris por dia (bpd) em 2024. Isso eleva a média diária para 4,3 milhões de bpd. Para o ano seguinte, a previsão é de um crescimento adicional de 180 mil bpd, atingindo uma média de 4,5 milhões de bpd. Com essas projeções, o Brasil se manterá como um dos três principais contribuintes fora da Opep para o crescimento global da oferta de petróleo, superado apenas pelos Estados Unidos e Canadá.

Os dados mais recentes mostram que a produção de petróleo bruto do Brasil aumentou em 88 mil bpd em junho, atingindo uma média de 3,4 milhões de bpd. Paralelamente, a produção total de combustíveis líquidos avançou 85 mil bpd, para uma média de 4,2 milhões de bpd. No entanto, a Opep destacou que a recuperação da produção foi mais lenta do que o esperado devido a “manutenção extensiva e problemas operacionais”. Esses desafios refletem o complexo ambiente operacional enfrentado pelas empresas de petróleo no país.

Em relação ao crescimento econômico, a Opep projeta que o PIB do Brasil crescerá 1,8% em 2024, um leve aumento em relação ao 1,6% previsto anteriormente. Para 2025, a expectativa de crescimento permanece em 1,9%, igual à previsão anterior. A Opep observou que há a possibilidade de uma revisão para cima dessas previsões caso o Banco Central do Brasil retome a flexibilização monetária em setembro, o que poderia estimular a economia de maneira mais robusta.

As previsões da Opep para a oferta de combustíveis líquidos e o crescimento do PIB brasileiro permaneceram inalteradas em relação à última publicação. Essa estabilidade nas projeções reflete a confiança da organização no papel contínuo do Brasil como um importante contribuinte para o mercado global de petróleo e na recuperação econômica prevista para o país.