A produção de petróleo do Brasil registrou um aumento em maio, segundo relatório mensal divulgado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A entidade estima que o país elevou sua produção em 47 mil barris por dia (bpd), atingindo um total de 3,7 milhões de bpd. Apesar do avanço, a Opep manteve suas projeções para o crescimento da oferta brasileira de combustíveis líquidos em 2025 e 2026, reforçando o papel do Brasil como um dos principais impulsionadores da expansão global fora do cartel.

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Aumento da produção de petróleo no Brasil em maio

De acordo com o relatório da Opep, a produção total de petróleo do Brasil subiu significativamente em maio, com um incremento de 47 mil barris diários. Esse aumento leva a produção brasileira para a marca de 3,7 milhões de barris por dia. Além disso, a produção de combustíveis líquidos, que inclui derivados do petróleo, também apresentou crescimento, subindo 43 mil bpd, para um total de 4,5 milhões de bpd no mesmo mês.

Esse crescimento no volume de petróleo e combustíveis líquidos demonstra a continuidade do avanço da indústria petrolífera brasileira, impulsionada por investimentos em exploração e desenvolvimento de campos offshore, especialmente no pré-sal.

Projeções da Opep para a produção brasileira em 2025 e 2026

Apesar dos dados positivos em maio, a Opep decidiu manter as projeções para a produção de combustíveis líquidos do Brasil para os próximos anos. Para 2025, a previsão é de um crescimento de aproximadamente 200 mil barris por dia, elevando a oferta média para cerca de 4,4 milhões de bpd. Já para 2026, a expectativa segue em linha com esse ritmo, com um aumento semelhante, atingindo 4,5 milhões de bpd.

Essa manutenção das projeções ocorre mesmo com o avanço recente, refletindo uma visão cautelosa do cartel sobre o ritmo sustentável de crescimento da produção brasileira, considerando fatores como investimentos, capacidade produtiva e dinâmica do mercado global.

Brasil entre os principais países que impulsionam a oferta global

O relatório da Opep também destaca o Brasil como um dos quatro países fora do cartel que mais devem contribuir para o aumento da oferta global de combustíveis líquidos em 2025 e 2026. Juntam-se ao país sul-americano nesta lista os Estados Unidos, Canadá e Argentina.

O papel estratégico do Brasil na oferta global reforça a importância da indústria petrolífera nacional para o equilíbrio do mercado energético mundial, especialmente diante das mudanças na demanda e oferta globais.