A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) registrou uma aceleração significativa em julho de 2024. Segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, o índice subiu 0,54% na quarta quadrissemana do mês, depois de aumentos de 0,30% e 0,34% nas leituras anteriores. Com essa elevação, o IPC-S acumula uma alta de 4,12% nos últimos 12 meses, refletindo uma pressão inflacionária crescente sobre o bolso dos consumidores.

O aumento generalizado no IPC-S em julho foi impulsionado por seis das oito classes de despesa, que registraram acréscimos em suas taxas de variação. Entre os principais contribuintes para essa alta está o grupo Educação, Leitura e Recreação. Este segmento viu sua taxa de variação subir de 2,35% para 3,48%, com destaque para o aumento expressivo nos preços das passagens aéreas, que dispararam 21,20%, em comparação com o aumento de 13,83% na medição anterior.

Além de passagens aéreas, outros itens que influenciaram a alta incluem gasolina, tarifas de eletricidade, e serviços bancários. O aumento dos preços foi registrado em várias categorias, refletindo a pressão inflacionária em diversos aspectos do cotidiano.

Entre as categorias que apresentaram aumentos significativos, destacam-se:

  • Transportes: A taxa subiu de 0,67% para 1,09%, refletindo o impacto dos altos preços de combustíveis e tarifas de transporte.
  • Habitação: Registrou um aumento de 0,41% para 0,61%, com elevações em tarifas de eletricidade e aluguel.
  • Despesas diversas: A alta foi de 1,69% para 1,84%, evidenciando um aumento nos custos de serviços e produtos diversos.
  • Comunicação: A taxa passou de -0,01% para 0,11%, com uma leve alta nos preços de serviços de telefonia e internet.
  • Vestuário: A variação foi de -0,22% para -0,21%, mostrando uma pequena correção em relação aos preços de roupas e acessórios.

Os itens específicos que mais contribuíram para o aumento incluem:

  • Gasolina: O preço saltou de 1,83% para 2,90%, refletindo o aumento no custo dos combustíveis.
  • Tarifa de eletricidade residencial: Subiu de 1,45% para 2,24%, devido ao aumento nas contas de luz.
  • Serviços bancários: Aumento de 3,03% para 3,14%, impactando os custos financeiros dos consumidores.
  • Mensalidade para TV por assinatura: A alta foi de 0,94% para 1,39%, afetando os gastos com entretenimento.
  • Serviços de confecção: Subiu de 0,00% para 2,29%, refletindo o aumento nos preços de roupas e acessórios.

Por outro lado, algumas classes de despesa apresentaram recuos em suas taxas de variação:

  • Alimentação: A variação passou de -0,92% para -1,06%, destacando a queda nos preços de hortaliças e legumes.
  • Saúde e cuidados pessoais: A taxa de variação recuou de 0,13% para -0,01%, com redução nos preços de artigos de higiene e cuidado pessoal.

Os itens específicos que apresentaram recuos foram:

  • Hortaliças e legumes: A queda foi de -9,35% para -11,72%, refletindo a baixa nos preços de vegetais.
  • Artigos de higiene e cuidado pessoal: Registrou uma redução de -0,40% para -1,03%, indicando a diminuição dos preços de produtos de cuidados pessoais.