Mercado de ações: como funciona e por onde começar
No contexto financeiro, o mercado de ações emerge como um componente fundamental da economia brasileira. Sua relevância transcende várias esferas, desempenhando um papel crucial ao fomentar investimentos e facilitar a negociação de ativos financeiros. Muitas vezes, o mercado acionário é visto como um território exclusivo, reservado apenas para grandes empreendedores e companhias. Tal concepção, ainda […]
Foto: Reprodução Envato Elements
No contexto financeiro, o mercado de ações emerge como um componente fundamental da economia brasileira. Sua relevância transcende várias esferas, desempenhando um papel crucial ao fomentar investimentos e facilitar a negociação de ativos financeiros.
Muitas vezes, o mercado acionário é visto como um território exclusivo, reservado apenas para grandes empreendedores e companhias. Tal concepção, ainda fortemente presente no imaginário coletivo, contribui para a perspectiva de que esse campo pareça complexo e distante para a maioria das pessoas.
A verdade é que, de fato, o mercado de ações e a bolsa de valores operam com uma lógica própria, porém, ela é perfeitamente compreensível. Aliás, esse mercado pode ser acessado de uma forma mais simples do que se imagina.
Quer saber mais? Neste guia preparado pelo Melhor Investimento, você encontrará informações fundamentais para desmistificar de vez o funcionamento do mercado de ações.
Como funciona o mercado de ações?
O mercado de ações é onde são negociadas participações acionárias de empresas de capital aberto (as famigeradas S/A). Em outras palavras, é um ambiente no qual são compradas e vendidas partes de propriedade de uma determinada empresa.
Essas partes de propriedade, objetos de compra e venda no mercado, chamamos de ações. Ao adquirir ações de uma empresa, o investidor se torna um acionista desta, o que significa que ele tem uma participação na propriedade da empresa.
Por sua vez, esta participação é proporcional ao número de ações que o investidor possui. Quem detém ativos de uma empresa pode colher os frutos dos resultados alcançados por ela.
Na prática, quando a empresa registra lucro, uma porção desse lucro é repassada aos acionistas na forma de dividendos, conforme a proporção da quantidade de ações que cada um detém. Além disso, o sócio ainda pode ganhar com a possível valorização do preço dos papéis, algo que vai além do desempenho da empresa, uma vez que considera as perspectivas do setor em que ela opera e da economia em geral.
Em síntese, o próprio termo “mercado de ações” indica claramente que se trata da compra e venda de ações, simples assim. Isto é, um investidor pode se tornar acionista de uma empresa ao adquirir seus ativos e também pode vendê-los quando for conveniente.
Como investir no mercado de ações?
O processo para adquirir uma ação, inicialmente, irá depender do contato com uma corretora registrada na Bolsa de Valores. Isto porque, investidores não podem negociar ações diretamente na Bolsa. Portanto, quem deseja investir em ações precisará contar com um intermediário, papel desempenhado por uma corretora de valores.
As corretoras são instituições autorizadas a negociar ações na B3 (Bolsa de Valores brasileira). Em suma, sua principal função é executar as ordens de compra e venda de ativos para os investidores, na Bolsa.
No Brasil, é possível abrir uma conta em diversas corretoras, disponíveis tanto no meio online quanto no modelo tradicional. Na escolha, o principal é considerar aquela que mais se adequa ao seu perfil, além de avaliar fatores como taxas de corretagem, facilidade de uso da plataforma, recursos de pesquisa e suporte ao cliente.
O segundo passo, é escolher as ações nas quais deseja investir. Isto deve ser feito com base em análises financeiras e nos seus objetivos de investimento. Por isso é benéfico contar com o intermédio de uma corretora, visto que através desse serviço é possível ter acesso a uma equipe especializada, responsável por avaliar as melhores oportunidades de investimento, conforme o seu perfil.
Aliás, vale ressaltar que investimentos na Bolsa oferecem possibilidades de ganhos, mas também estão associados a riscos. Logo, antes de aplicar o seu dinheiro, é essencial realizar estudos aprofundados e buscar orientação de profissionais especializados na área.
Uma vez que decidido quais ações serão negociadas, você pode fazer um pedido de compra através da plataforma de negociação da sua corretora. Após a compra, é fundamental acompanhar o desempenho das suas aplicações. Como você já deve ter associado, o mercado acionário é altamente dinâmico, portanto, é essencial monitorar sua movimentação para identificar o momento oportuno de comprar ou vender uma ação.
O que é e como funcionam os pregões da Bolsa?
Ao ter contato com o mercado de ações, certamente, você já se deparou, ou vai se deparar com o termo pregão. Em suma, ele se refere ao período no qual ocorrem as negociações de ações e na bolsa.
Este processo é realizado diariamente e, atualmente, ocorre por meio de plataformas eletrônicas. Ou seja, por meio dessas plataformas, são executados os pedidos de compra e venda de ações de empresas listadas na B3.
O pregão de uma Bolsa costuma ser dividido em diferentes etapas. Na B3, o processo irá consistir em três fases distintas, são elas:
- Pré-abertura: consiste nos 15 minutos anteriores ao início do pregão regular. Durante este período, são inseridas as ordens de compra ou venda de ações, que já foram executadas. As ordens são coletadas e processadas para determinar o preço de abertura das ações;
- Negociação: intervalo de tempo no qual os investidores podem realizar transações de compra e venda de ações. É nesse momento que as ordens são efetivamente executadas, e os preços das ações podem variar conforme a oferta e a demanda;
- Call de fechamento: período adicional que sucede o horário de negociação. Nele, ainda é possível realizar negociações de compra e venda de ações. No entanto, essas transações são fundamentadas no preço de fechamento do dia anterior. Vale acrescentar que é neste intervalo que é determinado o preço de fechamento das ações naquele dia;
- After-market: representa os pregões extras ou after-hours, que ocorrem após o pregão regular. Seu propósito é facilitar o acesso dos investidores ao mercado de ações fora do horário convencional. No entanto, é importante ressaltar que o período envolve algumas restrições.
Cada uma dessas etapas pode exercer uma influência significativa no processo de negociação de ativos financeiros. Para os investidores interessados no mercado de ações, é fundamental estar ciente dessas nuances e entender como cada fase de negociação pode afetar suas estratégias de investimento.
Horários da Bolsa: Que horas abre e fecha o mercado de ações?
O horário de funcionamento da B3, é iniciado às 9:45 com a Pré-abertura, e definitivamente encerrado às 18:00, mediante ao fim do After-market. Confira em detalhes:
| Etapa | Horário |
| Pré-abertura | 09h45 – 10h |
| Negociação | 10h – 16h55 |
| Call de fechamento | 16h55 – 17h |
| After-market | 17h30 – 18h |
Qual a influência hoje das bolsas mundiais?
As bolsas de valores mundiais têm uma influência significativa na economia global e nos mercados financeiros. Além de representarem um bom indicador de desempenho econômico, elas possuem um impacto significativo nos fluxos de investimento para dentro ou para fora de um país.
Em suma, as bolsas de valores desempenham um papel crucial no desenvolvimento econômico, facilitando o financiamento das empresas, a alocação eficiente de recursos, a mitigação de riscos e a determinação dos preços dos ativos.
Embora haja mais de 100 bolsas de valores em todo o mundo, algumas se destacam devido ao seu tamanho, nível de liquidez, reputação consolidada e impacto global.
Dentre elas, pode-se destacar: NYSE, bolsa de Nova York, que figura como a maior do mundo, NASDAQ, também localizada nos EUA, e se destaca pela sua presença no setor de tecnologia, e a Shanghai Stock Exchange, principal bolsa de valores da China.