Projeção para o PIB sobe, mas com alerta para dívida do governo
Em relatório, a XP Investimentos subiu a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, elevando-a de 1,5% para 2%. Essa revisão é respaldada pelo aumento da renda disponível às famílias e pela melhoria gradual de crédito sustentando a demanda a curto prazo. De acordo com o documento assinado pelo economista-chefe Caio Megale, e equipe, os […]

Em relatório, a XP Investimentos subiu a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, elevando-a de 1,5% para 2%. Essa revisão é respaldada pelo aumento da renda disponível às famílias e pela melhoria gradual de crédito sustentando a demanda a curto prazo.
De acordo com o documento assinado pelo economista-chefe Caio Megale, e equipe, os próximos informes trimestrais indicarão uma retomada do crescimento do PIB.
Segundo a XP, a estimativa é de que a agropecuária e a indústria extrativa contribuíram com 1,3 ponto percentual (p.p.) para o crescimento total, apresentando uma safra recorde de grãos e um aumento expressivo na produção de petróleo. Além disso, estima-se que a renda disponível das famílias tenha saltado cerca de 6,5% em 2023.
Contudo, o relatório também destaca preocupações, como a possível influência da diminuição da renda no setor agropecuário. Essa movimentação pode impactar a dinâmica de outras atividades e investimentos em ativos fixos em níveis baixos, sem sinais de recuperação.
Vale lembrar que em 2023 a taxa de poupança foi de 15,4%, abaixo dos 15,8% registrados em 2022. Os investimentos brasileiros representaram 16,5% do PIB no ano passado.
Crescimento da dívida do governo pesará no PIB
Com base no mesmo documento, a XP prevê um déficit primário de R$132,3 bilhões para 2024, correspondendo a 1,1% do PIB. Essa projeção considera despesas de precatórios pagos fora do limite e da meta no próximo ano, bem como parte das receitas deste ano (cerca de R$60 bilhões) com caráter não recorrente.
Por fim, os economistas da XP alertam que “mantido o arcabouço fiscal vigente, a dívida pública deverá se estabilizar apenas no início da próxima década”, prevendo que a dívida bruta do governo geral alcance, respectivamente, 77,2% e 79,4% do PIB em 2024 e 2025.