Essa é a expectativa de especialistas do Goldman Sachs, que preveem que as recompras de ações nos Estados Unidos podem superar a marca de US$1 trilhão pela primeira vez em 2025. Segundo eles, o fator principal é o expressivo aumento nos lucros das empresas de tecnologia e as condições financeiras mais flexíveis, especialmente à medida com que o Federal Reserve (Fed) pondera sobre a redução das taxas de juros.

Em comunicado, os estrategistas do Goldman, Cormac Conners e David Kostin disseram esperar “que as empresas de grande capitalização puxem grande parte do peso”.

Além disso, o banco de Wall Street também estimou um crescimento de 16% nas recompras de ações das empresas S&P 500, totalizando 1,08 trilhão de dólares em 2025. Comparativamente, o aumento no ano passado foi de 13%, somando a quantia de 925 bilhões de dólares.

Vale destacar que as empresas costumam recomprar suas ações quando expressam confiança no futuro e acreditam que os preços de seus papéis estão subvalorizados.

Entenda: Por que as empresas fazem a recompra de ações?

Apresentando um aumento de 7% no ano até o momento, o índice S&P 500 (referência do mercado) está sendo negociado próximo aos níveis recordes, potencializado pela empolgação diante da inteligência artificial e pelas apostas na queda das taxas de juros nos Estados Unidos. Alguns grandes bancos enxergam potencial para uma alta adicional no índice.

O Goldman Sachs observou que o acelerado crescimento da receita nas empresas norte-americanas de tecnologia provavelmente será suficiente para financiar investimentos em IA nos próximos anos, sem causar prejuízos para os retornos aos acionistas.

Por fim, os especialistas destacaram que a incerteza em relação às eleições nos EUA pode influenciar as empresas a postergarem grandes recompras de ações até 2025.