BR Partners precifica oferta secundária a R$ 12,75 por units
A BR Partners (BRBI11) estabeleceu o preço da sua oferta secundária de units em R$ 12,75, resultando em um montante total de R$ 214.479.747,75, como informado em um comunicado divulgado na terça-feira (26). A empresa explicou que a oferta consistiu em 16.821.941 unidades e poderia ter sido ampliada em até 30%, mas os acionistas vendedores […]
A BR Partners (BRBI11) estabeleceu o preço da sua oferta secundária de units em R$ 12,75, resultando em um montante total de R$ 214.479.747,75, como informado em um comunicado divulgado na terça-feira (26).
A empresa explicou que a oferta consistiu em 16.821.941 unidades e poderia ter sido ampliada em até 30%, mas os acionistas vendedores escolheram não expandir a operação.
Participaram da transação o BTG Pactual (BPAC11), Itaú BBA, Citigroup e XP Investimentos (XPBR31).
De acordo com o jornal Valor Econômico, a oferta foi lançada para permitir que as famílias que investiram na instituição financeira quando ela foi fundada, há 14 anos, saíssem de seus investimentos. Atualmente, a BR Partners, sob a liderança de Ricardo Lacerda, possui um valor de mercado de R$ 1,7 bilhão na B3 (B3SA3), e a oferta contribuirá para aumentar a liquidez do banco na bolsa, conforme relatado na publicação.
Resultado BR Partners 1T23
No primeiro trimestre de 2023, o BR Partners (BRBI11) registrou um lucro líquido de R$ 33,1 milhões, representando uma queda de 17,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando o lucro foi de R$ 40,1 milhões. Essa diminuição nos lucros acompanhou, em parte, a queda na receita total da instituição financeira, que diminuiu 4,9% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 101,5 milhões.
O setor de Investment Banking apresentou uma receita de R$ 31,3 milhões no trimestre, uma redução de 24% em relação ao ano anterior, devido a um ambiente de negócios menos aquecido, especialmente nas atividades de fusões e aquisições (M&A). No entanto, a empresa destacou que seu pipeline permanece sólido, com um aumento na representatividade das operações de Special Situations & Restructuring.
Na área de mercados de capitais, o grupo registrou uma diminuição de 5,7% na receita, totalizando R$ 24,1 milhões. Por outro lado, em treasury sales e estruturação, a receita aumentou 16,9%, atingindo R$ 11,8 milhões. No que diz respeito à remuneração de capital, o BR Partners teve um aumento significativo de 37,4%, com ganhos de R$ 33 milhões.
A carteira da instituição financeira, composta por títulos privados, quase dobrou em relação ao ano anterior, chegando a R$ 1,73 bilhão. No entanto, o índice de Basileia, que mede a relação entre o patrimônio do banco e seu volume de empréstimos, caiu para 19,9%, em comparação aos 28,8% do ano anterior.
O banco destacou que 96% da sua carteira de títulos privados tinha classificação entre AA-B, sem qualquer caso de inadimplência. O Índice de Eficiência atingiu 44%, um aumento em relação ao primeiro trimestre de 2022, devido às despesas administrativas necessárias para o crescimento e desenvolvimento da infraestrutura.
Por fim, o retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) do BR Partners ficou em 17%, em comparação com os 21% do primeiro trimestre de 2022.