O Santander (SANB11) aprovou um programa de recompra de ações, anunciando a aquisição de até 37,4 milhões de units ou de American Depositary Receipts (ADRs), em uma movimentação estratégica voltada para aumentar o valor aos acionistas e remunerar colaboradores da instituição. O novo programa sucede o anterior, que expirou em agosto de 2025, e terá vigência de 18 meses, com término previsto para março de 2027.

Leia também:

SARE11: conheça o FII Santander Renda de Aluguéis

Detalhes do programa de recompra do Santander

O programa de recompra do Santander envolve a aquisição de até 37.463.477 units, cada uma composta por uma ação ordinária e uma preferencial, ou de ADRs negociados na Bolsa de Nova Iorque (Nyse). Esta quantidade representa aproximadamente 1% do capital social total do banco.

As recompras das units ocorrerão na B3, a preços de mercado, por meio da Santander Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários. Já as aquisições de ADRs serão realizadas através da Santander Investment Securities, nos Estados Unidos. O banco poderá manter as ações recompradas em tesouraria ou vendê-las posteriormente, dependendo da estratégia adotada.

Este tipo de operação é comum entre instituições financeiras e grandes empresas, pois permite otimizar a estrutura de capital, aumentar o lucro por ação e oferecer instrumentos de remuneração para executivos e colaboradores sem a necessidade de emitir novas ações.

Por que o Santander realiza recompras de ações

O Santander recompra de ações tem dois objetivos principais:

  1. Maximizar a geração de valor para os acionistas: Ao reduzir o número de ações em circulação, o lucro por ação tende a aumentar, tornando os papéis da instituição mais atrativos para investidores.
  2. Remunerar administradores e empregados: Parte das ações adquiridas poderá ser utilizada nos Planos de Incentivo de Longo Prazo (Long-Term Incentive Plans), garantindo bônus e incentivos sem diluir imediatamente os acionistas existentes.

Além desses objetivos específicos, a recompra de ações é um mecanismo que permite às empresas demonstrar confiança no valor de suas ações, uma vez que indica que o banco considera os papéis subvalorizados no mercado.

Contexto do mercado e relevância da medida

O programa de recompra do Santander acontece em um cenário de destaque para o setor financeiro, onde instituições buscam alternativas para reforçar a confiança do investidor e melhorar indicadores de rentabilidade. Recompras de ações são instrumentos estratégicos que podem impactar positivamente a performance das units e ADRs no curto e médio prazo, além de sinalizar solidez financeira.

Para investidores que acompanham o desempenho do banco, ações como essa podem representar uma oportunidade de valorização, especialmente considerando que o banco já possui histórico de programas de recompra bem-sucedidos. Além disso, a iniciativa reforça o compromisso da instituição em alinhamento com seus administradores e colaboradores, mantendo a motivação interna e a competitividade no mercado.

Como funciona a recompra e impactos esperados

Na prática, o Santander recompra de ações será realizada de duas formas:

  • Na B3, as units serão adquiridas a preço de mercado via corretora do banco;
  • Na Nyse, os ADRs serão comprados por intermédio da área de investimentos do Santander nos Estados Unidos.

O efeito mais direto esperado é a redução do número de ações em circulação, o que tende a aumentar o lucro por ação e gerar maior valor para os acionistas. Por outro lado, as ações mantidas em tesouraria poderão ser usadas futuramente para remuneração de colaboradores ou para negociações estratégicas, sem diluir a participação dos investidores atuais.

Este tipo de operação também serve como um indicador de confiança da administração na performance futura do banco, mostrando que a instituição acredita na valorização de seus papéis e na sustentabilidade do negócio.

Achou este conteúdo útil?
Siga o Melhor Investimento nas redes sociais:  Instagram | Facebook | Linkedin