A Vivara (VIVA3) anunciou que, em 2025, dedicará 90% da abertura de novas lojas à marca “Life”, que tem se destacado no portfólio da empresa. Com a proposta de oferecer joias de prata e itens com preços mais acessíveis, a estratégia visa aproveitar a crescente demanda por produtos de custo mais baixo e expandir ainda mais sua presença no Brasil. A marca, que já é uma referência no setor, opta por essa expansão devido às vantagens oferecidas pelos shoppings do país, que abrem novas possibilidades para lojas de menor porte.

A expansão focada na marca Life

A Vivara, uma das maiores redes de joalherias do Brasil, planeja abrir entre 40 e 50 novas lojas em 2025, uma redução em comparação com as cerca de 70 aberturas realizadas no ano anterior. A decisão de focar na marca Life é estratégica, como explicou Elias Lima, diretor de finanças da Vivara. Ele afirmou que a marca, com produtos de prata, atende a uma demanda crescente por preços mais acessíveis, além de ter mais oportunidades de crescimento em shoppings de médio porte. Esses centros comerciais no Brasil têm mais espaço para esse tipo de loja, o que torna a expansão mais viável e promissora.

A marca Life, que oferece peças com preços mais acessíveis que as tradicionais lojas Vivara, já está sendo vista como uma das grandes apostas para o crescimento da companhia. Elias Lima também mencionou que, apesar da prioridade pela Life, a Vivara segue sendo abordada por shoppings interessados na marca Vivara, e que, caso surjam condições vantajosas, a empresa avaliará novas expansões para essa marca também.

Ações da Vivara em alta

O mercado reagiu positivamente às notícias sobre a estratégia de expansão da Vivara. Na tarde de ontem, as ações da empresa saltaram mais de 8,5%, liderando as altas do Ibovespa, que apresentava um ganho de 0,6%. Esse aumento nas ações demonstra a confiança dos investidores na estratégia de crescimento da companhia, que, apesar de reduzir o ritmo de aberturas de lojas, foca em um modelo de expansão mais sustentável e adaptado ao atual cenário econômico.

O foco em lojas da marca Life, que têm um custo menor para serem abertas e mantidas, também representa uma resposta mais cautelosa diante do ambiente de juros mais altos e das incertezas econômicas que impactam o setor varejista. Essa abordagem mais prudente reflete uma tendência observada no mercado, onde empresas buscam estratégias mais equilibradas para manter o crescimento sem expor-se a grandes riscos.

Coleções e atualização de portfólio

Além da expansão das lojas, a Vivara também se prepara para um ano promissor com o lançamento de novas coleções. O CEO da companhia, Ícaro Borrello, destacou que a empresa tem visto uma tendência crescente de vendas ao longo do primeiro trimestre de 2025. Segundo ele, a Vivara identificou a necessidade de atualizar seu portfólio, o que está sendo feito com o lançamento de novas peças que atendem melhor às demandas de seus clientes. A atualização dos produtos tem sido essencial para manter a competitividade da marca, especialmente em um mercado que exige inovação constante.

Borrello também comentou sobre a forma como a empresa tem gerido as flutuações nos preços do ouro, que impactam diretamente os preços dos produtos. A Vivara tem acompanhado de perto essas variações para ajustar sua estratégia de precificação, garantindo que seus produtos se mantenham atrativos para os consumidores, sem comprometer a margem de lucro.

Gestão de estoque e compras de ouro

Em relação ao abastecimento de matéria-prima, o diretor financeiro Elias Lima revelou que a Vivara comprou menos ouro no primeiro trimestre de 2025, com uma média de menos de 60 quilos por mês, abaixo do volume adquirido no ano anterior. Essa decisão de manter as compras em um nível mais baixo visa facilitar a redução gradual dos estoques, acompanhando a volatilidade dos preços do ouro e as necessidades do mercado.

A estratégia de redução de compras de ouro também reflete a prudência da Vivara frente às incertezas econômicas, garantindo que a empresa não se sobrecarregue com estoques excessivos, mas que também consiga manter a produção e a oferta de novos produtos para os consumidores.