A Vibra (VBBR3) confirmou oficialmente ter recebido a proposta da Eneva (ENEV3) para iniciar um estudo abrangente visando à fusão de suas operações comerciais. A empresa reiterou seu compromisso de analisar a proposta em detalhes, destacando que suas operações seguirão normalmente durante o período de avaliação, com ênfase nos interesses de seus acionistas.

A proposta não vinculante foi divulgada pela Eneva no domingo à noite, delineando planos para a incorporação das ações da Eneva pela Vibra ou por outra estrutura mutuamente acordada. O objetivo é garantir que, ao final do processo, os acionistas de cada empresa detenham coletivamente uma participação de 50% na entidade combinada.

Entenda a proposta de fusão Eneva x Vibra

A Eneva apresentou na segunda-feira (27) uma proposta de fusão à Vibra (anteriormente BR Distribuidora) por meio de uma carta formal. A Dynamo, acionista em ambas as empresas, liderou a iniciativa da transação. 

A fusão proposta visa estabelecer uma nova empresa com um valor de mercado estimado em aproximadamente R$50 bilhões, posicionando-a como a terceira maior empresa de energia de capital aberto, ficando atrás apenas da Petrobras e da Eletrobras. A liquidez diária projetada para a nova entidade é estimada em R$300 milhões. A alocação de 50% das ações para cada parte está em conformidade com a proporção média negociada nos últimos seis meses.

A Dynamo, detentora de 10,28% da Vibra e 10,06% da Eneva, reconheceu os benefícios da transação, enfatizando o significativo crescimento da Eneva, sua comprovada capacidade de investimento, altos retornos e fluxos de caixa previsíveis. A Vibra, por sua vez, contribui com uma forte geração de caixa para a potencial fusão.

A empresa resultante da fusão operará como uma “corporação” sem controlador definido, tendo Sérgio Rial como presidente do conselho de administração. Um novo CEO será nomeado para a holding, enquanto os atuais executivos, Lino Cançado da Eneva e Ernesto Pousada da Vibra, continuarão liderando suas respectivas empresas.

A fusão tem como objetivo fortalecer a presença da nova empresa no setor de energias renováveis, visando contribuir para a substituição de combustíveis com menor pegada de CO2, com foco em energia eólica, biogás e etanol.