Eneva propõe fusão com a Vibra para criação de uma nova gigante da energia
A Eneva enviou uma proposta de fusão à Vibra (ex-BR Distribuidora) por meio de uma carta, conforme apurado pelo Valor junto a fontes informadas sobre o assunto. A gestora Dynamo, acionista de ambas as empresas, foi a responsável pela iniciativa da transação. Posteriormente, a Eneva confirmou as negociações por meio de um comunicado oficial. A […]

A Eneva enviou uma proposta de fusão à Vibra (ex-BR Distribuidora) por meio de uma carta, conforme apurado pelo Valor junto a fontes informadas sobre o assunto. A gestora Dynamo, acionista de ambas as empresas, foi a responsável pela iniciativa da transação. Posteriormente, a Eneva confirmou as negociações por meio de um comunicado oficial.
A fusão proposta resultará na criação de uma nova empresa com um valor de mercado aproximado de R$ 50 bilhões, tornando-se a terceira maior empresa de energia de capital aberto, ficando atrás apenas da Petrobras e da Eletrobras. A liquidez diária estimada para a nova entidade é de R$ 300 milhões. A proporção de 50% para cada parte na operação está em conformidade com a média negociada nos últimos seis meses.
A Dynamo, detentora de 10,28% da Vibra e 10,06% da Eneva, reconheceu os benefícios da transação, destacando o crescimento significativo da Eneva, sua comprovada capacidade de investimento, alto retorno e fluxos de caixa previsíveis, enquanto a Vibra apresenta uma forte geração de caixa.
A Vibra, embora tenha recebido a carta da Eneva hoje, já aguardava a formalização da proposta, conforme informado por uma fonte próxima ao assunto.
A estratégia da Vibra em ampliar seu portfólio de energias para sua extensa base de clientes B2B é compatível com a fusão proposta.
A nova empresa resultante da fusão será uma “corporation” sem controlador definido, tendo Sérgio Rial como presidente do conselho de administração. Um novo CEO será indicado para a holding, enquanto os atuais executivos, Lino Cançado da Eneva e Ernesto Pousada da Vibra, permanecerão liderando suas respectivas empresas.
A fusão visa fortalecer a presença da nova empresa no setor de energias renováveis, contribuindo para a substituição de combustíveis com menor pegada de CO2, baseando-se em energia eólica, biogás e etanol.
A Eneva está sendo assessorada pelos bancos BTG Pactual e Itaú BBA.