As terras da SLC Agrícola, uma das maiores produtoras de grãos e oleaginosas do Brasil, foram avaliadas em R$ 11,59 bilhões em 2024, representando uma valorização de 6% em relação ao valor alcançado em 2023, de acordo com a consultoria Deloitte.

No ano passado, a avaliação das terras da SLC Agrícola foi de R$ 10,92 bilhões, representando uma valorização de 17% em relação a 2022.

A empresa também relatou uma redução na área cultivada para 651,7 mil hectares na safra 2023/2024, em comparação aos 674,3 mil hectares do ano anterior. Essa redução se deve ao distrato de uma área de terras por causa da impossibilidade de registro do imóvel.

O valor médio do hectare agricultável foi de R$ 57,5 mil, com uma apreciação de 7% quando desconsiderados os ajustes no portfólio de terras.

Já o valor líquido dos ativos da SLC Agrícola é de R$ 13,27 bilhões, com um valor de R$ 29,94 por ação, excluindo prédios e maquinário.

Vale lembrar que a SLC Agrícola enfrenta uma queda de mais de 7% no valor de suas ações nos primeiros seis meses de 2024, com um valor de mercado estimado em R$ 7,78 bilhões.

Ações subiram após avaliação de terras

Após a notícia de que as terras da empresa acumularam valorização de 7%, de R$ 10,928 bilhões para R$ 11,591 bilhões, as ações da empresa vem apresentando elevação na bolsa.

Para o BTG Pactual, essa foi uma surpresa positiva. Os analistas aguardavam uma estabilidade nos valores, já que os preços das commodities anunciaram quedas nos últimos meses.

Logo, com o valor atual do hectare médio da SLC em R$ 57,555, o banco enxerga o portfólio de terras da companhia acima do valor médio das terras agrícolas do Brasil. Sendo assim, o BTG recomenda compra e preço-alvo de R$ 29.

Por sua vez, a XP Investimentos mantém sua recomendação neutra e preço-alvo de R$ 19,60. A corretora vê os números como positivos, mas não projeta uma forte reação para as ações, enquanto não surgem fortes catalisadores para os preços dos grãos.