No trimestre encerrado em abril de 2024, o Brasil testemunhou uma reviravolta significativa no cenário do emprego, com a taxa de desemprego caindo para 7,5%, o menor índice em uma década. Essa marca histórica, revelada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, reflete não apenas uma tendência positiva, mas também implicações profundas para a economia e o mercado de trabalho brasileiro.

A redução do desemprego no Brasil

No trimestre até abril de 2024, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,5%, conforme os dados mais recentes da PNAD Contínua do IBGE. Essa marca representa uma estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas revela uma queda notável em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando estava em 8,5%. Essa trajetória descendente é um sinal encorajador de recuperação econômica e estabilidade no mercado de trabalho.

O impacto da estabilização da desocupação

Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, destaca que a análise anual mostra uma tendência contínua de redução na taxa de desemprego desde 2023. Essa estabilização da desocupação pode ser atribuída a vários fatores, incluindo a recuperação do setor de comércio e o retorno da ocupação no segmento da educação básica pública no ensino fundamental.

Recorde de emprego formal

A PNAD Contínua revelou que a população ocupada atingiu 100,8 milhões, representando um crescimento significativo em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Destaque para o número recorde de trabalhadores com carteira assinada, que chegou a 38,188 milhões, e para o contingente de trabalhadores sem carteira, que também alcançou um novo recorde, chegando a 13,5 milhões.

Segundo Beringuy, a expansão da ocupação nos últimos trimestres tem sido impulsionada principalmente pelos empregados no setor privado, com ou sem carteira assinada. Esse grupo tem sido o mais significativo na contribuição para o crescimento da população ocupada no país, refletindo uma tendência de aumento da formalização do emprego.

Salário e renda

O rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril foi de R$ 3.151, com uma alta de 4,7% na comparação anual. Isso contribuiu para um novo recorde na massa de rendimentos, que atingiu R$ 313,1 bilhões, evidenciando a estabilidade e o crescimento no mercado de trabalho brasileiro.

Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.