Desemprego no Brasil cai para 6,2% no trimestre até dezembro de 2024 e fechamento de ano registra menor taxa desde 2012
Em dezembro de 2024, a taxa de desemprego no Brasil alcançou 6,2%, marcando o menor índice desde 2012.

A taxa de desemprego no Brasil apresentou uma significativa queda no final de 2024, atingindo 6,2% no trimestre até dezembro. Esse número representa a menor taxa desde o início da série histórica do IBGE, iniciada em 2012, com uma redução considerável em comparação ao ano anterior. Ao longo de 2024, a média anual do índice foi de 6,6%, registrando uma queda de 1,2 pontos percentuais em relação a 2023. A pesquisa revelou também avanços na ocupação e no rendimento dos trabalhadores, tornando 2024 um ano marcante para o mercado de trabalho brasileiro.
Desemprego em 2024: menor taxa da série histórica
Com a divulgação dos dados do IBGE, o Brasil marcou um importante recorde de redução no desemprego. O índice de 6,2% no trimestre até dezembro foi abaixo da expectativa dos analistas, que previam uma taxa de 6,1%. Esse desempenho não só é o melhor da série histórica, mas também representa a continuidade da recuperação do mercado de trabalho após os impactos econômicos da pandemia de COVID-19. A média anual do desemprego foi de 6,6%, uma queda de 1,2 pontos percentuais em relação a 2023, quando a taxa foi de 7,8%.
O ano de 2024 é o primeiro a apresentar uma taxa de desemprego abaixo de 7% desde o início da série em 2012, sendo o recorde anterior de 7,0% registrado em 2014. A redução de 1,1 milhão de pessoas no contingente de desempregados é uma prova do progresso significativo na recuperação do mercado de trabalho.
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Crescimento da população ocupada e melhora na taxa de ocupação
Outro dado relevante da pesquisa foi o aumento da população ocupada no Brasil. Em 2024, o número de pessoas ocupadas atingiu 103,3 milhões, alcançando o maior nível da série histórica. O crescimento foi de 2,6% em relação a 2023, com um avanço de 15,2% comparado a 2012. Esse aumento é reflexo de uma recuperação do mercado de trabalho que, a partir de 2022, teve uma recuperação expressiva, com ganhos que continuaram a ser significativos em 2023 e 2024.
A taxa de ocupação (percentual de pessoas ocupadas em relação à população em idade de trabalhar) também atingiu um recorde, alcançando 58,6% em 2024. Esse aumento é uma prova de que o Brasil continua avançando em termos de inclusão no mercado de trabalho, superando os desafios enfrentados nos últimos anos.
Subutilização do trabalho: avanços no nível de qualificação
A taxa de subutilização do trabalho, que inclui desempregados, pessoas em busca de mais horas de trabalho e outras condições, também apresentou avanços. Em 2024, a taxa composta de subutilização caiu para 16,2%, uma redução de 1,8 pontos percentuais em relação a 2023. Esse indicador reflete uma melhoria na qualidade do emprego e na capacidade da população de conseguir condições melhores de trabalho.
O número de pessoas em condição de subutilização caiu para 19 milhões, uma redução de 8,9% em relação ao ano anterior. Apesar disso, esse contingente ainda permanece acima do nível mínimo histórico de 2014, quando o número de pessoas subutilizadas foi de 16,5 milhões.
Informalidade e trabalhadores por conta própria
Apesar das melhorias no mercado de trabalho, a informalidade ainda é um desafio. O número de empregados sem carteira de trabalho assinada atingiu 14,2 milhões, um aumento de 6,0% em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi refletido principalmente nas atividades como construção, transporte e logística, setores que tradicionalmente têm uma maior taxa de informalidade.
Em contrapartida, o número de trabalhadores por conta própria atingiu 26,1 milhões, o maior da série histórica, com crescimento de 1,9% em comparação a 2023. A informalidade no mercado de trabalho, embora tenha registrado uma pequena queda (39,0% em 2024 contra 39,2% em 2023), ainda representa um desafio para a plena formalização do emprego no Brasil.
Rendimentos: recordes e crescimento na massa de rendimento
A recuperação também foi observada nos rendimentos dos trabalhadores. O rendimento real habitual aumentou 3,7% em 2024, atingindo R$ 3.225, o maior valor já registrado na série histórica. Esse crescimento reflete tanto os trabalhadores formais quanto informais, indicando uma melhoria no poder de compra da população.
Além disso, a massa de rendimento real habitual, que é a soma de todos os rendimentos recebidos pelos trabalhadores, também atingiu um recorde, totalizando R$ 328,9 bilhões, com um crescimento de 6,5% em relação a 2023.