Nesta terça-feira (8), a ministra do Planejamento, Simone Tebet, elogiou o Banco Central (BC) em uma entrevista à GloboNews. Tebet expressou sua satisfação com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), onde foi anunciada uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, que agora está em 13,25% ao ano.

No comunicado abordado, o comitê demonstrou unanimidade em relação a futuras reduções de igual magnitude nos meses seguintes, baseando-se nas melhores perspectivas para a inflação.

A ministra também destacou a diferença dessa situação em comparação com ocasiões anteriores, elogiando a sincronia do BC com a abordagem adotada. Além disso, Simone ressaltou que o Banco Central está alinhado com a possibilidade de reduzir a taxa de juros do Brasil em pelo menos 0,5% nas próximas três reuniões do Copom.

Ata da última reunião do Copom

Também nesta terça-feira (8), o Banco Central anunciou que as opções de redução da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual ou 0,5 ponto percentual, ambas consideradas na semana passada, são vistas como adequadas para impulsionar a convergência da inflação em direção à meta nos próximos anos.

Essa informação foi registrada na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual a taxa básica de juros da economia foi diminuída de 13,75% para 13,25% ao ano. Esse corte, o primeiro em três anos, foi divulgado hoje.

A ata também aponta que o Copom continuará reduzindo os juros nas próximas reuniões, porém, mantendo o ritmo atual. Ou seja, não haverá cortes de 0,75 ponto percentual ou 1 ponto percentual, como era especulado no mercado.

Antes da reunião da semana passada, o mercado financeiro já previa o início de um ciclo de cortes de juros pelo Banco Central. No entanto, havia incertezas quanto à magnitude da redução.

A maioria dos analistas acreditava que a diminuição seria de 0,25 ponto percentual, levando a taxa para 13,50% ao ano. No entanto, o Banco Central optou por uma abordagem mais agressiva e baixou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, estabelecendo-a em 13,25% ao ano.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, teve que desempatar a decisão a favor do corte mais substancial nos juros, algo que não ocorria há 16 anos.

A redução da taxa Selic veio após recorrentes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de membros da equipe econômica, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. 

No entanto, esse movimento foi implementado somente após os últimos meses demonstrarem um comportamento mais favorável da inflação. Em maio, a inflação oficial desacelerou para 0,23% de aumento. Em junho, houve deflação, ou seja, uma queda de preços de 0,08%.

Equipe MI

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