O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quinta-feira (13) que seu país aceitou a proposta dos Estados Unidos para interromper os combates na Ucrânia. No entanto, ele frisou que qualquer cessar-fogo deve garantir uma paz duradoura e abordar as raízes do conflito.

Desde a invasão russa em 2022, Moscou e o Ocidente vivem seu maior confronto desde a Guerra Fria. Atualmente, as tropas russas continuam avançando e já ocupam quase um quinto do território ucraniano.

Após uma reunião com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, Putin declarou em entrevista no Kremlin: “Concordamos com as propostas para cessar as hostilidades”. No entanto, ele destacou que a suspensão dos combates deve resultar em uma solução definitiva para a crise: “Mas partimos do fato de que essa cessação deve ser tal que levaria a uma paz de longo prazo e eliminaria as causas originais desta crise”.

O líder russo também levantou dúvidas sobre a execução do acordo, apontando a dificuldade de fiscalizar um cessar-fogo ao longo de mais de 2 mil quilômetros de fronteira entre Rússia e Ucrânia.

Na quarta-feira (12), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na Casa Branca que esperava que Moscou aceitasse a proposta de um cessar-fogo temporário de 30 dias, plano que já conta com o apoio da Ucrânia. Ele classificou a guerra como um “banho de sangue” e reforçou a necessidade de uma solução.

Putin agradeceu a Trump por seu esforço em buscar um acordo: “A ideia em si é correta, e certamente a apoiamos”, afirmou. No entanto, ele ressaltou que ainda há questões a serem debatidas com os Estados Unidos: “Mas há questões que precisamos discutir. E acho que precisamos conversar com nossos colegas americanos também”.

O presidente russo também não descartou um contato direto com Trump para tratar do assunto. “Apoiamos a ideia de acabar com este conflito por meios pacíficos”, declarou.

Na quarta-feira, Putin esteve na região de Kursk, no oeste da Rússia, vestindo um uniforme militar e visitando um posto de comando. A área é considerada um ponto estratégico, já que as tropas ucranianas enfrentam dificuldades para manter suas posições diante da ofensiva russa.

Durante sua coletiva de imprensa, o líder russo fez uma declaração direta sobre o destino dos soldados ucranianos em Kursk: “Morrer ou serem capturados”, disse, reforçando a pressão sobre as forças inimigas.

Carolina Gandra

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