Trump aposta em acordo de paz entre Ucrânia e Rússia nesta semana
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou otimismo quanto à possibilidade de um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia ainda nesta semana.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou a expectativa de que um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia seja fechado ainda nesta semana. Em uma publicação no domingo (20) em sua plataforma Truth Social, Trump declarou que, uma vez concluído o conflito, os dois países terão a chance de fazer “grandes negócios” com os Estados Unidos, que, segundo ele, estão prosperando. A declaração surge em meio a um período de tensões na mediação do conflito, com Trump assumindo um papel ativo nas negociações desde o início de seu mandato, em janeiro deste ano.
O papel de mediador de Trump e as expectativas para o futuro
Desde que assumiu a presidência, Trump se colocou como mediador entre os dois países em guerra, mas já havia demonstrado frustração com a falta de progressos nas negociações. Na sexta-feira (18), o presidente americano deixou claro que, caso não houvesse avanços significativos, ele abandonaria seu papel. “Se, por alguma razão, uma das duas partes dificultar muito, vamos simplesmente dizer: ‘Vocês são tolos. Vocês são pessoas horríveis’. E vamos seguir em frente”, afirmou Trump durante uma entrevista na Casa Branca.
O prazo para um possível acordo não foi especificado, mas a pressão para uma resolução rápida do conflito parece ser uma prioridade para o presidente dos EUA. O foco de Trump, segundo suas declarações, seria evitar que as negociações se arrastem por mais tempo e, caso necessário, intensificar as ações para forçar uma solução.
Desafios nas negociações
As negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia têm sido marcadas por desafios e desentendimentos. Trump tem enfrentado atritos tanto com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, quanto com o líder russo, Vladimir Putin, desde o início de sua mediação. Em março, Trump teve uma discussão pública com Zelensky, o que levou à suspensão temporária da ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia. A parceria foi restabelecida mais tarde, mas as tensões permaneceram altas.
No final de março, o presidente dos EUA expressou raiva com Putin, após o líder russo sugerir uma mudança na liderança da Ucrânia. Essa sugestão foi amplamente condenada por Trump, que considerou inaceitável a intervenção de Moscou nos assuntos internos da Ucrânia.
Cessar-Fogo de Páscoa não se concretiza
A expectativa de uma trégua para o fim de semana de Páscoa também não se concretizou, gerando mais frustração e críticas de ambos os lados. O presidente russo, Vladimir Putin, havia anunciado um cessar-fogo temporário para este domingo (20), mas as hostilidades continuaram. Zelensky alegou que a Rússia apenas “simulou” uma intenção de paz e seguiu atacando as forças ucranianas. Por outro lado, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que as forças ucranianas realizaram 444 disparos contra posições russas, além de mais de 900 ataques com drones.
Esse episódio de violação do cessar-fogo destaca a dificuldade em garantir um acordo duradouro e a falta de confiança entre as partes envolvidas. A guerra, que começou em fevereiro de 2022, já causou enormes perdas para ambos os países, com um número estimado de mortos e feridos em torno de 1 milhão, de acordo com o The Wall Street Journal.
A guerra na Ucrânia
A guerra na Ucrânia não afeta apenas os países diretamente envolvidos, mas também tem repercussões globais. A Rússia, que ocupa parte do território ucraniano, e o apoio ocidental à Ucrânia geraram uma polarização internacional, com países alinhando-se com um lado ou outro. O conflito também teve impactos econômicos significativos, principalmente nos preços globais de energia e alimentos, além de uma crescente crise de refugiados.