O Banco Central (BC) anunciou na última sexta-feira (02) que as reuniões com diretores e economistas do mercado, que atualmente são realizadas uma vez por mês, passarão a ser semanais. A decisão começa a valer a partir deste semestre. 

Segundo informado pela autoridade monetária, através de sua assessoria de imprensa, a medida tem como objetivo “captar de forma mais tempestiva o sentimento e as projeções dos analistas econômicos ao longo do trimestre”, disse.

Vale ressaltar que as reuniões entre os diretores e os economistas visam fornecer uma compreensão das percepções dos participantes do Boletim Focus sobre a conjuntura econômica, auxiliando na formulação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). 

Até o início de 2024, esses encontros ocorriam trimestralmente, com listas de até 30 participantes. Em janeiro, o BC passou a realizar reuniões mensais com um número reduzido de economistas, uma mudança que foi bem recebida pelos participantes ouvidos pelo Estadão/Broadcast.

Novas regras definidas para as reuniões

O Banco Central estabeleceu novas diretrizes para as reuniões com economistas do mercado, destacando que cada convidado será ouvido apenas uma vez por trimestre. Fora isso, as reuniões fechadas terão um limite máximo de 15 participantes externos. Caso o número exceda esse limite, a audiência será obrigatoriamente aberta à imprensa e transmitida.

Além disso, o BC determinou um intervalo de 60 dias, ou dois ciclos do Comitê de Política Monetária (Copom), entre reuniões com a mesma instituição, em vez do intervalo anterior de 30 dias, ou um ciclo do Copom.

As audiências fechadas à imprensa serão preferencialmente presenciais e não poderão ser gravadas, e se realizadas remotamente, não será permitida a transcrição automática. Todas as audiências que discutam assuntos do Copom serão categorizadas como relacionadas à “conjuntura econômica” na agenda dos diretores.

A autoridade monetária também formalizou que palestras de membros da diretoria colegiada sobre política monetária devem ser realizadas preferencialmente em formato aberto, no Brasil ou no exterior, exceto em eventos organizados por organismos internacionais, outros bancos centrais ou grupos de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais. A gravação desses eventos externos é permitida, desde que disponibilizada publicamente na internet.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.