Reforma tributária pode atrair investimentos para o Brasil, afirma secretário da Fazenda
Segundo avaliação do secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy. as propostas de reforma tributária em debate no Congresso Nacional fecham brechas existentes atualmente para a sonegação de impostos, além de reduzir custos e estimular os investimentos estrangeiros. “Fecha muitas brechas, [utilizadas na sonegação] não fecha todas. Nenhum sistema tributário no […]

Segundo avaliação do secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy. as propostas de reforma tributária em debate no Congresso Nacional fecham brechas existentes atualmente para a sonegação de impostos, além de reduzir custos e estimular os investimentos estrangeiros.
“Fecha muitas brechas, [utilizadas na sonegação] não fecha todas. Nenhum sistema tributário no mundo fecha todas as brechas. Tem países com IVA simples, como a África do sul, que tem um ‘compliance gap’ [lacunas que geram perda de arrecadação] muito baixo. Quanto mais confuso o sistema, maior é a possibilidade de sonegação”, disse Appy em entrevista ao g1.
Dentre as propostas em análise, há a extinção do PIS, da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).
Um imposto sobre valor agregado, já presente em países desenvolvidos, substituiria esses impostos. Esse novo imposto seria não cumulativo e seria pago uma vez por cada etapa na cadeia (produtor, distribuidor e comerciante). Adicionalmente, um imposto seletivo seria cobrado sobre produtos nocivos, como cigarros e bebidas alcoólicas.
A reforma tributária é um assunto que tem sido discutido há décadas e é muito aguardado pelo setor produtivo. O governo considera essa reforma essencial para alinhar as regras brasileiras com o resto do mundo e modernizar um sistema que é considerado caótico pelos empresários e investidores.
De acordo com analistas, a primeira fase da reforma tributária, que propõe mudanças nos impostos sobre o consumo, pode resultar em um aumento do PIB potencial brasileiro em pelo menos 10% ao longo das próximas décadas.
Investimentos estrangeiros
Bernard Appy afirmou também que a reforma tributária deve estimular a entrada de investimentos estrangeiros no país, uma vez que, segundo ele, o sistema atual é complexo e espanta os empresários de fora do Brasil.
Ainda segundo o secretário, a concorrência acaba sendo desequilibrada, porque o empresário brasileiro já entende o sistema. Já o estrangeiro não tem conhecimento prévio sobre as funcionalidades do Brasil.
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