Recorde! Empresas já captaram R$ 484,2 bilhões no mercado de capitais este ano
De acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as empresas captaram R$ 484,2 bilhões no mercado de capitais este ano, contabilizando até o mês de agosto, alcançando um volume recorde para o período. Vale destacar que esse montante supera o valor registrado ao longo de […]

De acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as empresas captaram R$ 484,2 bilhões no mercado de capitais este ano, contabilizando até o mês de agosto, alcançando um volume recorde para o período.
Vale destacar que esse montante supera o valor registrado ao longo de todo o ano de 2023, que foi de R$ 467,3 bilhões.
Apenas em agosto, as captações totalizaram R$ 47,3 bilhões, representando um aumento de 30,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo boletim da Anbima. Já as emissões de debêntures no mesmo mês somaram R$ 27,1 bilhões, um crescimento de 39%.
No acumulado do ano, as emissões de debêntures atingiram R$ 283,9 bilhões, estabelecendo um novo recorde para o período. Entre as empresas que realizaram ou estão preparando emissões desses títulos de dívida estão Usiminas (R$ 1,6 bilhão), Assaí (R$ 2,8 bilhões) e Sabesp (R$ 2,5 bilhões).
As emissões de 2024 têm sido destinadas principalmente a investimentos em infraestrutura (27,6% do total captado) e gestão de caixa (25,2%).
Em relação aos compradores, os principais foram intermediários de ofertas públicas, como bancos (47,2%), seguidos por fundos de investimento (44,9%), impulsionados pelo aumento das alocações em fundos de papéis privados. O prazo médio das debêntures foi de 8 anos.
Segundo o presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, Guilherme Maranhão, as condições favoráveis no mercado de capitais, a liquidez no mercado secundário e a evolução regulatória, como no caso das debêntures de infraestrutura, têm sido fatores decisivos para os sucessivos recordes alcançados neste ano.
Destaques
Diante desse cenário de recordes de captação no mercado de capitais, os produtos de securitização têm mostrado um forte crescimento, com destaque para os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios).
Esses fundos captaram R$ 4,5 bilhões em agosto, um aumento expressivo de 187,9% em comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2024 até agosto, o montante chegou a R$ 43,3 bilhões, superando o total captado em todo o ano de 2023, conforme dados da Anbima.
Os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), por sua vez, somaram R$ 4,2 bilhões em agosto, uma queda de 42,4% em relação ao mesmo mês de 2023. Contudo, no acumulado dos primeiros oito meses de 2024, as captações totalizaram R$ 39 bilhões, estabelecendo um recorde para o período.
Em relação aos CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), as emissões atingiram R$ 1,6 bilhão em agosto, apresentando uma ligeira queda de 4,5% em relação ao mesmo período de 2023. No entanto, no acumulado do ano, o volume chegou a R$ 27 bilhões, superando os R$ 20 bilhões registrados no mesmo intervalo do ano anterior.
Já as ofertas de FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) totalizaram R$ 2,6 bilhões em agosto, com uma redução de 23,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Entretanto, no acumulado dos primeiros oito meses de 2024, as captações somaram R$ 34,7 bilhões, representando um aumento de 14,8% em comparação ao total de 2023.