Puxado por commodities, IGP-10 de dezembro registra aceleração: 0,62% de alta
No último dia 15, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou um aumento de 0,62% em dezembro. Esse índice representa uma aceleração em comparação com a alta de 0,52% registrada no mês anterior. No acumulado do ano de 2023, o IGP-10 acumula uma queda de 3,56%. […]

No último dia 15, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou um aumento de 0,62% em dezembro. Esse índice representa uma aceleração em comparação com a alta de 0,52% registrada no mês anterior. No acumulado do ano de 2023, o IGP-10 acumula uma queda de 3,56%. Essa variação superou as expectativas do consenso Refinitiv, que previa um aumento de 0,48% no mês.
André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV/Ibre, apontou que as commodities foram as principais responsáveis pelo aumento nos preços ao produtor em dezembro. O minério de ferro (de 0,82% para 4,66%), milho (de 0,68% para 7,16%), soja (de -1,27% para 1,76%), e café (de 3,57% para 5,86%) contribuíram significativamente, representando 79% do resultado geral do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA).
IPA apresenta variação de 0,81% em dezembro
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve uma variação de 0,81% em dezembro, acelerando em relação ao mês anterior. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 0,13% em novembro para 0,36% em dezembro, sendo os alimentos processados os principais impulsionadores desse resultado, com a taxa passando de 0,45% para 0,86%.
Enquanto a taxa do grupo Bens Intermediários passou de uma alta de 0,97% em novembro para uma queda de -0,20% em dezembro, o índice do grupo Matérias-Primas Brutas avançou de 0,65% para 2,45% no mesmo período. O minério de ferro, soja e milho foram os principais contribuintes para o avanço do índice de Matérias-Primas Brutas.
IPC desacelera em dezembro
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma desaceleração em dezembro, subindo 0,22%, em comparação com 0,39% em novembro. Quatro das oito classes de despesa tiveram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para Educação, Leitura e Recreação, Saúde e Cuidados Pessoais, Vestuário e Comunicação. Itens como passagem aérea, artigos de higiene e cuidado pessoal, roupas e combo de telefonia, internet e TV por assinatura foram os principais contribuintes para esse movimento.
INCC próximo à estabilidade
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou uma variação próxima à estabilidade, subindo 0,01% em dezembro, em comparação com 0,18% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC tiveram variações diferentes, com Materiais e Equipamentos e Mão de Obra apresentando pequenas quedas, enquanto Serviços registrou um leve aumento.