O PicPay anunciou, nesta quarta-feira (16), o retorno das negociações de criptomoedas em sua plataforma, após um intervalo de aproximadamente um ano e meio. O movimento ocorre em um cenário marcado pelo novo recorde histórico do Bitcoin (BTC), que ultrapassou a marca dos US$ 120 mil, reacendendo o interesse dos usuários por ativos digitais.

A volta da funcionalidade se insere em um contexto de amadurecimento do mercado cripto no Brasil, além do avanço da regulação, fatores que tornaram o ambiente mais seguro para as operações. Segundo a fintech, o alto volume de solicitações dos clientes também foi determinante para retomar o serviço, que agora chega com benefícios como taxa zero em negociações a partir de R$ 100.

Retorno ao mercado cripto marca nova fase da estratégia do PicPay

A decisão do PicPay de reintegrar as criptomoedas à sua plataforma responde a uma combinação de fatores estruturais e de demanda. A empresa havia interrompido a funcionalidade em 2023, alegando incertezas no cenário regulatório à época. Desde então, o ambiente legal evoluiu significativamente, impulsionado por iniciativas como a implementação da Lei de Criptoativos (Lei 14.478/22) e a atuação do Banco Central como regulador do setor.

“De 2023 para cá, a regulação avançou e os clientes continuaram pedindo a volta do produto. Estamos vendo os criptoativos ocupando um espaço cada vez mais relevante nas carteiras dos brasileiros”, afirmou Anderson Chamon, cofundador e vice-presidente executivo de Novos Negócios do PicPay.

Além da maior segurança jurídica, o perfil inovador dos usuários da fintech contribuiu para a decisão. A empresa afirma que, em apenas sete meses após o lançamento inicial em 2022, mais de 1 milhão de clientes passaram a negociar criptomoedas pelo app.

Quais criptomoedas estão disponíveis para negociação?

Com a retomada da operação, o PicPay disponibiliza 12 tokens para compra e venda diretamente na plataforma. A lista inclui desde os criptoativos mais populares até altcoins de grande liquidez no mercado:

A liberação das moedas ocorrerá de forma gradual entre os usuários da base, conforme cronograma interno da empresa.

Taxa zero e recursos inteligentes para usuários de cripto

Para atrair novos investidores e antigos clientes, o PicPay está oferecendo isenção de taxas em transações de compra e venda superiores a R$ 100, pelo menos no início da retomada da operação.

Outro destaque é a funcionalidade de alertas de preços, que permite aos usuários configurar notificações para quando determinada criptomoeda subir ou cair dentro de uma faixa personalizada — como 5% ou 10%. O recurso visa ajudar o investidor a reagir rapidamente às variações de mercado, otimizando suas decisões financeiras.

Esses benefícios colocam o PicPay em posição competitiva em relação a outras plataformas de criptoativos no país, como Mercado Bitcoin, Binance e Novadax.

Criptomoedas ganham espaço na estratégia de longo prazo do PicPay

Mais do que uma reativação pontual, a volta das negociações de criptomoedas se insere em uma estratégia de longo prazo do PicPay. A empresa planeja expandir continuamente sua oferta de ativos digitais, bem como incorporar novas funcionalidades voltadas à experiência do usuário.

“Temos um roadmap bem estruturado para o produto cripto, com foco em ampliação do portfólio de tokens e em melhorias contínuas. Isso faz parte de uma transformação maior no sistema financeiro e da forma como as pessoas lidam com o dinheiro”, reforça Anderson Chamon.

O interesse do público brasileiro por criptomoedas vem crescendo nos últimos anos, especialmente entre os mais jovens e usuários de fintechs. Segundo levantamento recente da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), o Brasil já soma mais de 4 milhões de investidores cadastrados em exchanges nacionais.