A Petrobras (PETR4) divulgou nesta quinta-feira (6) os resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25), registrando lucro líquido de US$ 6,02 bilhões, o que representa alta de 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho positivo foi impulsionado por recordes de produção de óleo e gás, que compensaram a queda dos preços do petróleo no mercado internacional.

Além do avanço no lucro, a estatal anunciou o pagamento de R$ 12,2 bilhões em dividendos, reforçando sua política de retorno aos acionistas. Segundo a companhia, os resultados refletem a resiliência operacional e a eficiência na gestão de custos, mesmo em um cenário global de volatilidade.

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Lucro e dividendos impulsionam desempenho da Petrobras (PETR4)

Entre julho e setembro de 2025, a Petrobras registrou receita líquida de US$ 23,5 bilhões, um leve aumento de 0,5% frente ao terceiro trimestre de 2024. A performance positiva é significativa, considerando que o preço médio do barril do petróleo Brent caiu 13,9%, alcançando US$ 69,07 por barril no período.

Apesar da queda, a empresa manteve margens sólidas e resultados consistentes, sustentados pelo crescimento da produção e pelo controle das despesas operacionais. O anúncio dos dividendos reforça o compromisso da estatal com a geração de valor aos investidores.

“Nos últimos doze meses, o Brent caiu US$ 11 por barril e nós conseguimos compensar este impacto na receita, elevando nossa produção de óleo para mais de 2,5 milhões de barris por dia, estabelecendo diversos recordes operacionais”, afirmou Fernando Melgarejo, diretor financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras.

Produção recorde compensa queda do Brent

Um dos principais fatores para o bom resultado trimestral foi o aumento da produção. Segundo a Petrobras (PETR4), a companhia ultrapassou 2,5 milhões de barris de óleo por dia, superando marcas anteriores e atingindo recordes operacionais em plataformas no pré-sal.

Esse crescimento compensou o impacto da queda nos preços internacionais, que ainda refletem a desaceleração da demanda global e o excesso de oferta em algumas regiões. O cenário reforça a importância da diversificação das operações da estatal, com foco no aumento da produtividade e na expansão de projetos de exploração e refino.

Ebitda ajustado e geração de caixa

O Ebitda ajustado da Petrobras (PETR4) — lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — somou US$ 11,7 bilhões, um crescimento de 2,2% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
Sem efeitos extraordinários, o indicador atingiria US$ 11,9 bilhões, um aumento de 2,9%.

Apesar do crescimento operacional, o fluxo de caixa operacional recuou 12,8%, para US$ 9,85 bilhões, enquanto o fluxo de caixa livre caiu 27,6%, totalizando US$ 4,96 bilhões. A empresa explicou que a redução se deve a maiores investimentos e à variação cambial, fatores que impactaram momentaneamente a liquidez, mas não alteram a solidez financeira da estatal.

Esses números mostram que, mesmo com oscilações no mercado, a Petrobras mantém forte geração de caixa e uma posição financeira robusta, o que lhe permite continuar distribuindo dividendos sem comprometer os investimentos estratégicos.

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