Pesquisa Real Time Big Data mostra Lula liderando cenários do 1º turno em 2026
A pesquisa Real Time Big Data indica que o presidente Lula lidera todos os cenários de primeiro turno para a eleição de 2026, com 35% das intenções de voto.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
A pesquisa Real Time Big Data divulgada nesta quarta-feira (17) mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera todos os cenários de primeiro turno testados para a eleição presidencial de 2026. De acordo com o levantamento nacional, Lula aparece com 35% das intenções de voto, mantendo vantagem consistente sobre os demais possíveis adversários, independentemente da composição da disputa.
O estudo reforça o cenário de favoritismo do atual presidente neste momento do ciclo eleitoral e indica, ao mesmo tempo, uma reorganização do campo oposicionista, especialmente com o crescimento do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em alguns cenários simulados.
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No principal recorte do levantamento, a pesquisa Real Time Big Data aponta Lula isolado na liderança do primeiro turno. No primeiro cenário estimulado, o presidente soma 35% das intenções de voto, contra 17% do senador Flávio Bolsonaro, que aparece em segundo lugar.
Na terceira posição surge o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), com 12%, consolidando-se como um dos nomes mais competitivos entre os governadores testados. Na sequência, os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, aparecem empatados com 5% cada.
Com desempenho mais modesto, o ex-ministro Aldo Rebelo (DC) e o líder do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos (Missão), registram 1% das intenções de voto cada um.
Flávio Bolsonaro cresce e chega a 20% em cenário alternativo
Em um segundo cenário estimulado pela pesquisa Real Time Big Data, Lula mantém os mesmos 35%, demonstrando estabilidade dentro da margem de erro. A principal mudança ocorre na performance de Flávio Bolsonaro, que cresce três pontos percentuais e atinge 20% das intenções de voto, reforçando sua posição como principal nome da oposição neste momento.
Nesse cenário, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), aparece com 7%, seguido por Romeu Zema, com 6%, e novamente por Ronaldo Caiado, com 5%. Aldo Rebelo e Renan Santos permanecem com 1%.
O crescimento de Flávio Bolsonaro sugere uma possível transferência de capital político do bolsonarismo para o senador, especialmente diante da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro e da indefinição sobre quem liderará o campo conservador em 2026.
Governadores disputam espaço como alternativas à polarização
Os dados da pesquisa Real Time Big Data indicam que os governadores testados ainda enfrentam dificuldades para romper a polarização entre Lula e o bolsonarismo. Apesar disso, nomes como Ratinho Jr., Eduardo Leite, Zema e Caiado aparecem como alternativas viáveis, sobretudo em um cenário de segundo turno ou em caso de rearranjos partidários.
Analistas avaliam que a fragmentação do centro e da centro-direita contribui para a manutenção da liderança de Lula, ao diluir as intenções de voto entre vários pré-candidatos regionais. Esse fator ajuda a explicar por que o presidente lidera todos os cenários testados até o momento.
Estabilidade de Lula reflete força do cargo e cenário econômico
A manutenção dos 35% das intenções de voto em todos os cenários da pesquisa Real Time Big Data é interpretada como reflexo da visibilidade do cargo, da base eleitoral consolidada do presidente e da percepção de parte do eleitorado sobre o atual momento econômico e social do país.
Mesmo com críticas à política fiscal e debates sobre responsabilidade orçamentária, Lula mantém apoio significativo, especialmente entre eleitores de menor renda e nas regiões Nordeste e Norte, segundo análises complementares do mercado político.
Metodologia e abrangência da pesquisa
A pesquisa Real Time Big Data foi realizada entre os dias 5 e 16 de dezembro, ouvindo 33.300 pessoas em todos os 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%.
O grande tamanho da amostra amplia a robustez dos resultados e permite uma leitura mais precisa das tendências eleitorais neste estágio inicial da corrida presidencial.
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