Pesquisa Futura mostra Lula atrás de Tarcísio e empatando com outros possíveis adversários em 2026

A nova pesquisa Futura segundo turno indica que o presidente Lula perderia para Tarcísio de Freitas em um eventual segundo turno e apareceria em empate técnico com outros possíveis adversários, como Michelle Bolsonaro, Ratinho Jr., Zema, Caiado e Flávio Bolsonaro.

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Última atualização:  12 de dez, 2025 às 15:04
Close-up do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sorrindo e olhando para a frente. Imagem: Retrato oficial, 2023

A pesquisa Futura segundo turno divulgada nesta sexta-feira (12) revelou um cenário eleitoral altamente competitivo para 2026. O levantamento, realizado pela Apex/Futura entre os dias 3 e 9 de dezembro, mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perderia uma disputa direta contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nos demais cenários analisados, Lula aparece em empate técnico, indicando um ambiente de forte divisão no eleitorado e de indefinição sobre os rumos da próxima corrida presidencial.

O estudo ouviu 2.001 eleitores em 887 municípios brasileiros, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos e 95% de confiança. Os dados oferecem um retrato atualizado da disputa e mostram como diferentes nomes da direita e centro-direita têm se comportado diante de Lula em simulações de segundo turno.

Saiba mais:

A parte mais relevante da pesquisa Futura segundo turno envolve o confronto entre Lula e Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo. Nesse cenário, Tarcísio aparece com 47,3% das intenções de voto, enquanto Lula marca 39,3%. A diferença, acima da margem de erro, indica que o governador paulista é hoje o único possível adversário capaz de vencer Lula com folga estatística.

Tarcísio tem se consolidado como uma das principais lideranças políticas do campo conservador. Sua gestão em São Paulo, aliada à boa relação com o empresariado e com setores ligados à infraestrutura e segurança pública, contribui para seu desempenho. Para parte do eleitorado, ele representa continuidade do bolsonarismo com uma imagem técnica e moderada — combinação que tem ampliado sua capilaridade nacional.

Demais cenários mantêm Lula em empate técnico

Apesar do desempenho inferior frente a Tarcísio, Lula não registra derrotas claras contra os demais possíveis adversários testados pela pesquisa Futura segundo turno. Os números mostram disputas apertadas e sem vencedor definido, reforçando que o cenário eleitoral ainda está muito distante de uma consolidação.

Michelle Bolsonaro

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro aparece numericamente à frente com 45,8%, contra 41,5% de Lula. Ainda assim, a diferença está dentro da margem de erro, configurando empate técnico. Michelle se tornou, nos últimos anos, uma liderança simbólica entre eleitores bolsonaristas, especialmente entre mulheres conservadoras e segmentos evangélicos.

Ratinho Jr.

Governador do Paraná, Ratinho Jr. registra 43,6%, contra 39,5% de Lula. A disputa também empata tecnicamente. Com perfil menos polarizador, Ratinho é visto como alternativa moderada à direita tradicional e tem ampliado presença no debate nacional.

Romeu Zema

Em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) alcança 39,9%, enquanto Lula marca 40,7%. A diferença é mínima. Zema tem apoio empresarial e agrário e se destaca por uma gestão de perfil liberal no segundo maior colégio eleitoral do país.

Ronaldo Caiado

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), aparece com 41,5%, contra 39,6% de Lula. Mais uma vez, há empate técnico. Caiado, que recentemente ganhou protagonismo nacional, tem forte base no agronegócio.

Flávio Bolsonaro

A única vantagem numérica de Lula, além do cenário contra Zema, ocorre diante de Flávio Bolsonaro. O presidente tem 42,1%, enquanto o senador aparece com 41,6%. Flávio já anunciou ser o nome escolhido pelo pai, Jair Bolsonaro, para 2026, caso o ex-presidente continue inelegível.

O que explica o cenário da pesquisa Futura segundo turno

Os resultados mostram que Lula enfrenta um ambiente eleitoral mais desafiador do que em anos anteriores. A combinação de desaceleração econômica, desgaste natural de governo e reorganização das forças conservadoras ajuda a explicar o desempenho apertado nos cenários testados. Do lado opositor, o campo de direita amadureceu novas lideranças após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, ampliando as alternativas disponíveis ao eleitor.

Por outro lado, o fato de Lula empatar tecnicamente com quase todos os adversários indica que o presidente mantém força eleitoral relevante, especialmente em regiões e segmentos historicamente alinhados ao PT. Além disso, a ausência de uma candidatura amplamente consolidada na oposição cria um ambiente de disputa aberta.

Metodologia reforça confiabilidade do levantamento

A pesquisa foi feita com entrevistas presenciais em 887 municípios, abrangendo todas as regiões do país. Com 2.001 respondentes, a amostra segue parâmetros estatísticos para representar o eleitorado nacional, garantindo margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

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