A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram hoje a Operação Disclosure, mirando ex-diretores da Americanas (AMER3) acusados de uma fraude contábil monumental, que totaliza R$ 25,3 bilhões. A investigação, conduzida com o suporte técnico da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), revela um escândalo financeiro de grandes proporções no âmbito empresarial brasileiro.

Ação da Polícia Federal contra fraudes na Americanas

Na manhã desta quinta-feira (27), aproximadamente 80 policiais federais executaram dois mandados de prisão preventiva e realizaram 15 mandados de busca e apreensão nas residências dos ex-diretores da Americanas, localizadas no Rio de Janeiro. A ação visa coletar evidências cruciais para a investigação em curso.

Sequestro de bens: medida cautelar da Justiça Federal

A Justiça Federal determinou o sequestro de bens e valores dos ex-diretores envolvidos, que ultrapassam a marca de meio bilhão de reais. Essa medida visa assegurar recursos para eventuais ressarcimentos e punições decorrentes das atividades fraudulentas investigadas.

Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, e Anna Saicali, uma diretora, estão entre os considerados foragidos. Além deles, outros ex-diretores foram identificados como alvos principais da operação, conforme reportado pela Folha de S. Paulo, ampliando o alcance das investigações sobre a gestão da empresa.

Fraudes contábeis descobertas

As investigações revelaram que os ex-diretores se envolveram em fraudes contábeis complexas, incluindo operações fictícias de risco sacado e contratos simulados de verba de propaganda cooperada (VPC). Essas práticas fraudulentas distorciam significativamente os registros financeiros da empresa.

Os ex-diretores enfrentam acusações graves, como manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir penas de até 26 anos de reclusão, refletindo a seriedade das infrações cometidas.

Significado da operação Disclosure na Americanas

O nome “Disclosure”, utilizado para batizar a operação, enfatiza a importância da transparência na divulgação das condições econômicas das empresas no mercado financeiro. Este escândalo ressalta a necessidade de rigor na governança corporativa e na fiscalização dos órgãos reguladores para evitar abusos e irregularidades.