A empresa de telecomunicações Oi (OIBR3) divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24), onde reportou um lucro líquido de R$ 15,061 milhões. O valor reverteu de forma significativa o prejuízo de R$ 845 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.

De acordo com o balanço, esse resultado positivo foi amplamente influenciado por movimentos contábeis relacionados à novação das dívidas da empresa, segundo os novos termos e condições aprovados em seu Plano de Recuperação Judicial. Dessa forma, os ajustes permitiram uma recalculação dos saldos das dívidas com base nas opções de pagamento selecionadas pelos credores.

Apesar desse lucro, a receita líquida da Oi apresentou uma queda de 13% em relação ao segundo trimestre de 2023, totalizando R$ 2,119 bilhões. A empresa atribuiu essa redução à diminuição da demanda por serviços não-core, como os serviços legados de cobre, atacado regulado, TV DTH e subsidiárias. 

Além disso, a companhia enfrentou desafios relacionados ao declínio dos serviços tradicionais de telecomunicações e à sua abordagem comercial mais seletiva na Oi Soluções.

A empresa também sofreu impactos financeiros devido às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, embora a receita dos serviços core – Oi Fibra e Oi Soluções – tenha continuado a representar mais de 70% da receita total da Nova Oi.

O Ebitda, que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, foi negativo em R$ 83 milhões, uma reversão em relação ao lucro de R$ 133 milhões registrado no mesmo trimestre do ano anterior. 

A Oi explicou que essa performance negativa foi influenciada pela queda acelerada nas receitas dos serviços não-core, pela estabilização do crescimento da fibra em um cenário macroeconômico e competitivo desafiador, e pelo aumento nos custos com infraestrutura de fibra. 

Por fim, as ações emergenciais para manter os serviços durante as enchentes no Rio Grande do Sul também contribuíram para esse resultado desfavorável.