Recentemente, chegou ao Congresso Nacional outra proposta com pretensões de aumentar o limite de faturamento anual do microempreendedor individual (MEI). Por intermédio da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 24/2024 está em análise na casa. 

O projeto apresentado pelo senador Alan Alan Rick (União-AC) propõe uma alteração na Lei Complementar 128/2008, que rege o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Em suma, a ideia é elevar o teto de faturamento anual do MEI, de R$ 81 mil para R$ 120 mil. 

Além disso, a proposta também sugere que o novo limite seja ajustado de acordo com o avanço da inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Os defensores da medida argumentam que o teto anual de receita bruta do MEI em vigor está defasado.

Nesse sentido, caso a proposta seja aprovada nos termos sugeridos, o aumento do limite para R$ 120.000 permitirá a inclusão ou permanência de mais empreendedores no regime simplificado do MEI, uma vez que dispensa a necessidade de migrar para categorias empresariais mais complexas, como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP).

Quem pode ser MEI? 

Conforme a legislação em vigor (Lei Nº. 128/08), podem se formalizar como MEI aqueles que cumprirem os seguintes requisitos: 

  • Ter faturamento anual de até R$ 81.000,00; 
  • Ter no máximo um funcionário contratado que receba salário mínimo ou o piso da categoria profissional;
  • Exercer alguma das mais 400 atividades, previstas na lista oficial de ocupações permitidas para a categoria
  • Não ser sócio, administrador ou titular de outra empresa; 
  • Não atuar em atividades regulamentadas por entidades de classe.

A categoria é indicada para aqueles que buscam sair da informalidade, e que atuam em diferentes setores do mercado, como pequenos negócios, autônomos, prestadores de serviços, comerciantes, entre outros.

Lucas Machado

Redator e psicólogo com mais de 3 anos de experiência na produção de artigos e notícias sobre uma ampla gama de temas. Suas áreas de interesse e expertisse incluem previdência, seguros, direito sucessório e finanças, em geral. Atualmente, faz parte da equipe do Melhor Investimento, abordando uma variedade de tópicos relacionados ao mercado financeiro.