O Conselho de Administração da Natura &Co (NTCO3) convocou uma Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE) para o dia 25 de abril de 2025, a fim de submeter a aprovação dos acionistas a incorporação da Natura Cosméticos, uma medida estratégica que visa simplificar a estrutura societária do grupo, reduzir despesas corporativas e aumentar a eficiência tributária.

O que está em jogo na convocação da AGOE da Natura &Co?

Em um movimento importante para reestruturar sua organização, a Natura &Co (NTCO3) anunciou a convocação de uma Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE), marcada para o dia 25 de abril de 2025, às 9h30. A principal deliberação da reunião será a aprovação da incorporação da Natura Cosméticos, que pode mudar significativamente a estrutura de governança do grupo. A proposta visa devolver à Natura o status de holding operacional, com ações listadas e negociadas no Novo Mercado da B3, o que pode gerar uma série de benefícios para a empresa e seus acionistas.

Essa reestruturação busca simplificar a governança corporativa e reduzir custos administrativos, o que pode resultar em economias substanciais para o grupo. A estimativa é que a operação total custe cerca de R$ 400 mil, incluindo despesas com publicações, registros societários e honorários de avaliadores. Embora a operação envolva custos, ela é vista como uma estratégia para melhorar a eficiência tributária e gerar valor a longo prazo para os acionistas da Natura &Co.

Quando e onde ocorrerá a AGOE?

A Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE) será realizada no dia 25 de abril de 2025, às 9h30, conforme convocado pelo Conselho de Administração da Natura &Co. A AGOE é um evento corporativo essencial, pois permitirá que os acionistas da empresa decidam sobre a proposta de incorporação da Natura Cosméticos. Esse tipo de deliberação não apenas altera a estrutura do grupo, mas também pode redefinir seu posicionamento no mercado, com implicações diretas para seus investidores.

Como a incorporação da Natura Cosméticos afetará a empresa?

A incorporação da Natura Cosméticos à Natura &Co não implica apenas em uma mudança estrutural. Ao simplificar a governança e devolver à Natura o status de holding operacional, a operação permitirá que o grupo atenda de maneira mais eficiente às suas demandas fiscais e corporativas. A principal vantagem será a redução de despesas com a administração corporativa, o que poderá resultar em um melhor aproveitamento dos recursos financeiros da empresa.

Além disso, a medida pode promover uma maior transparência e eficiência na gestão, elementos essenciais para qualquer empresa que busca otimizar seus processos e gerar valor para seus acionistas. A operação também será vantajosa do ponto de vista tributário, uma vez que poderá reduzir a carga tributária do grupo, gerando mais recursos para reinvestir no crescimento da companhia.

Por que a Natura &Co está tomando essa decisão?

A decisão de convocar a AGOE para votar a incorporação da Natura Cosméticos faz parte de um esforço estratégico da Natura &Co para melhorar sua estrutura organizacional. Após um ano de desafios no mercado, com as ações da companhia apresentando uma queda superior a 22% em 2025 até o momento, a empresa está buscando maneiras de otimizar seus processos e recuperar o valor de mercado perdido.

A simplificação da estrutura societária é uma resposta direta a esses desafios. Ao consolidar as operações da Natura Cosméticos sob a Natura &Co, a companhia espera reduzir custos e melhorar sua competitividade no mercado. A eficiência tributária também será um benefício importante, já que o grupo poderá aproveitar melhor as oportunidades fiscais, o que, a longo prazo, pode representar um diferencial competitivo no setor.

Além disso, a medida ajudará a Natura &Co a manter uma estrutura mais ágil e focada nas suas operações principais, o que é crucial para enfrentar a volatilidade do mercado e os desafios econômicos globais.

O impacto para os acionistas e o mercado

Os acionistas da Natura &Co não terão direito de retirada com base na proposta de incorporação, uma vez que as ações da Natura &Co fazem parte do Índice Bovespa e atendem aos requisitos de liquidez e dispersão exigidos. Isso significa que a operação não afetará diretamente os direitos de participação dos acionistas atuais. Além disso, o direito de retirada também não se aplica aos acionistas da Natura Cosméticos, pois a Natura &Co será o único acionista da Natura no momento da aprovação da incorporação.