Marcelo de Lima Fernandes (Podemos), prefeito de São Bernardo do Campo (SP), foi afastado do cargo nesta quinta-feira (14) em decorrência de uma operação da Polícia Federal que investiga possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. As apurações apontam para a atuação de uma organização criminosa com participação de integrantes da administração municipal.

Além do afastamento, Marcelo, de 42 anos, deverá utilizar tornozeleira eletrônica durante o andamento das investigações.

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Trajetória política

Natural de São Bernardo do Campo, onde nasceu em 1983, Marcelo de Lima Fernandes é formado em gestão pública e pai de duas filhas. Ingressou na política em 2008, ao se eleger vereador com 3.906 votos, tornando-se o mais jovem da cidade a ocupar o cargo. No primeiro mandato, foi líder do PPS na Câmara Municipal.

Reeleito em 2012 com 6.445 votos, assumiu, em 2015, a presidência do partido no município.

Em 2022, conquistou uma vaga como deputado federal pelo Solidariedade, atuando nas comissões de Finanças e Tributação e de Desenvolvimento Urbano. No entanto, perdeu o mandato em 2023 por decisão da Justiça Eleitoral, após deixar a legenda sem justificativa considerada válida. O Solidariedade argumentou que o parlamentar havia sido eleito com apoio estrutural e financeiro do partido e, portanto, a desfiliação configuraria infidelidade partidária.

A defesa sustentou que a sigla não havia alcançado o desempenho mínimo exigido na eleição, o que permitiria a saída sem penalidades. O Tribunal Superior Eleitoral, contudo, entendeu que a incorporação do Pros ao Solidariedade, em 2023, permitiu ao partido superar as exigências e, assim, manteve a punição.

Eleição para prefeito

Em outubro de 2024, Marcelo foi eleito prefeito pela coligação “SBC cada vez melhor”, obtendo 20,64% dos votos no segundo turno, superando Alex Manente.

Já no início de 2025, a Justiça Eleitoral de São Paulo condenou ele e sua vice, Jessica Paula, ao pagamento de multa de R$ 5.320,50 por conduta vedada na campanha de 2024. O tribunal concluiu que houve uso indevido do gabinete do então prefeito como estúdio para gravação de propagandas eleitorais, configurando propaganda irregular e abuso de poder político.

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