A 3ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro homologou nesta terça-feira (18) o plano de recuperação judicial da elétrica Light (LIGT3), que tem como objetivo reestruturar uma dívida de R$ 11 bilhões.

O plano foi aprovado em assembleia realizada em 29 de maio, contando com o apoio de mais de 99% dos credores, principalmente debenturistas, bondholders e bancos.

Vale lembrar que a Light entrou em recuperação judicial em meados do ano passado, após a deterioração da situação econômico-financeira de sua distribuidora de energia, que atende mais de 30 cidades no Rio de Janeiro.

Com a perda da capacidade financeira da distribuidora, a agência reguladora Aneel decidiu emitir uma intimação que poderia resultar na caducidade da concessão da distribuição.

No entanto, essa intimação foi arquivada no mês de maio, antes mesmo da aprovação do plano de recuperação judicial, com um “voto de confiança” da diretoria da Aneel nos esforços de reestruturação da companhia.

Light (LIGT3) reporta prejuízo de R$357,3 milhões no 1T24

A Light divulgou um prejuízo líquido de R$357,3 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), revertendo um lucro de R$107,1 milhões registrado no mesmo período do ano anterior, conforme informado pela companhia elétrica.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado totalizou R$294,4 milhões no 1T24, representando uma redução de 45,3% em relação ao 1T23.

A receita líquida atingiu R$3,403 bilhões no primeiro trimestre deste ano, indicando uma diminuição de 5,8% em comparação com o mesmo período de 2023.

As despesas operacionais alcançaram R$3,181 bilhões no 1T24, apresentando um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2023.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$354,8 milhões no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 33,6% sobre as perdas financeiras registradas na mesma etapa de 2023.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.