O Fundo Imobiliário JPP Capital Recebíveis (JPPA11) amplia rendimentos após receber R$ 10,12 milhões referentes ao resgate antecipado do CRI Desco (22J1099385), emitido pela Virgo Companhia de Securitização. O resgate extraordinário impacta diretamente os cotistas, trazendo um ganho adicional por cota e reforçando a estratégia de distribuição linear de rendimentos ao longo do semestre.

O montante recebido pelo fundo, equivalente a R$ 11,20 por cota, contempla a amortização extraordinária do título, juros e prêmio por pré-pagamento, representando 10,4% do patrimônio líquido do fundo. Segundo a administração do JPPA11, o evento gera um ganho adicional aproximado de R$ 0,23 por cota, que será distribuído aos investidores nos próximos meses.

Resgate antecipado do CRI e impacto no fundo

O resgate antecipado do CRI Desco ocorreu de forma facultativa, ou seja, a Virgo optou por realizar o pagamento antes do vencimento contratual. Para os investidores do JPPA11, essa operação significa um aumento temporário de liquidez e rendimentos, sem comprometer a estratégia de longo prazo do fundo.

Segundo a gestão do JPPA11, a operação reforça a consistência nos pagamentos aos cotistas, garantindo que os rendimentos sejam distribuídos de maneira linear. Essa estratégia visa oferecer previsibilidade, especialmente em momentos de volatilidade do mercado de renda fixa e de fundos imobiliários.

Contexto sobre a Virgo e a operação de CRIs

Nos últimos dias, a Virgo Companhia de Securitização, uma das maiores securitizadoras do país, esteve sob atenção do mercado devido a movimentações em fundos de reserva de CRIs e CRAs. A empresa direcionou parte desses recursos para aplicações que alguns analistas consideraram arriscadas, o que gerou questionamentos sobre governança e liquidez desses fundos.

A Virgo, que administra cerca de R$ 90 bilhões em ativos fiduciários, respondeu que, no momento dos aportes, avaliou que as operações não comprometeriam a liquidez dos fundos de reserva. Além disso, a companhia informou que recebeu propostas de novos investimentos, atualmente em análise, reforçando seu compromisso com oportunidades estratégicas e retorno para os investidores.

Avaliação regulatória e transparência

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou a empresa sobre a movimentação dos fundos, em busca de esclarecimentos sobre a segurança das operações e o cumprimento das normas do mercado. Em resposta, a Virgo garantiu que nenhuma lei ou regulamento de mercado foi violado, e que não houve prejuízo ou dano aos parceiros envolvidos.

A companhia também ressaltou que os fundos de reserva permanecem segregados de acordo com as regras vigentes, reforçando a transparência e a segurança das operações. Desde sua fundação, a Virgo já estruturou mais de 900 operações sem registros de irregularidades, o que demonstra experiência e conformidade regulatória em suas atividades.

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