KNCR11 anuncia dividendos de 108% do CDI após lucro de R$ 102,6 milhões
O resultado foi impulsionado por ganhos com Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e pela manutenção da Selic em 15%

O fundo imobiliário KNCR11 encerrou setembro com um desempenho sólido, registrando lucro líquido de R$ 102,6 milhões, avanço de 4,8% frente a agosto, quando o resultado havia sido de R$ 97,9 milhões. Gerido pela Kinea Investimentos, o fundo anunciou o pagamento de R$ 1,35 por cota em dividendos, rendimento que representa 108% do CDI do período — ou 127% considerando o gross-up da alíquota de 15%.
O valor será distribuído aos cotistas em 13 de outubro e equivale a um retorno mensal de 1,32% sobre o preço médio da cota, de R$ 102,12. O rendimento, como de costume nos fundos imobiliários, é isento de imposto de renda para pessoas físicas, o que aumenta sua atratividade entre investidores que buscam rentabilidade consistente e segurança.
Desempenho do KNCR11 impulsionado pelos CRIs
O KNCR11 se destacou em setembro pelo crescimento de suas receitas, principalmente por meio dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) — ativos que compõem o núcleo de sua carteira. Somente essa categoria foi responsável por R$ 104,5 milhões da receita total, reforçando a importância da estratégia da Kinea em priorizar operações lastreadas em crédito imobiliário.
Além da contribuição dos CRIs, o cenário macroeconômico também favoreceu o resultado. A taxa Selic manteve-se em 15% ao ano durante todo o mês, o que beneficiou os fundos de papel, como o KNCR11, que são fortemente expostos a títulos atrelados ao CDI. O aumento do número de dias úteis em setembro também contribuiu para elevar a rentabilidade média do portfólio.
Segundo a gestora, a política de manter constância nas novas alocações e ampliar a diversificação da carteira é essencial para garantir estabilidade mesmo em períodos de oscilação econômica.
Carteira sólida e diversificada garante estabilidade
O relatório mensal do KNCR11 mostra que o fundo mantém uma estrutura de investimentos robusta. Ao fim de setembro, 105,5% do patrimônio estava alocado em ativos-alvo, enquanto 1,1% estava aplicado em Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e 1,5% em caixa.
Os CRIs indexados ao CDI representavam 105,2% do patrimônio total, com rentabilidade média de CDI + 2,16% ao ano e prazo médio de 3,9 anos. Essa composição reforça o perfil conservador do fundo, priorizando ativos de crédito imobiliário de alta qualidade e com garantias sólidas.
A Kinea destacou que a carteira segue saudável e protegida contra oscilações de mercado, sem registros de eventos de crédito negativos. A ampla diversificação entre emissores e setores contribui para reduzir riscos e sustentar o desempenho positivo do fundo, mesmo em cenários de maior volatilidade.
Novos investimentos fortalecem o portfólio
Durante setembro, o KNCR11 aplicou R$ 194,64 milhões em novas operações, mantendo o ritmo de expansão do portfólio. A principal delas foi uma operação de R$ 160 milhões voltada para financiar a aquisição do hotel JW Marriott, localizado na Avenida das Nações Unidas, em São Paulo.
O empreendimento apresenta bom desempenho operacional e perspectivas de valorização, além de contar com garantias robustas, como alienação fiduciária do imóvel e das cotas da sociedade proprietária, além da cessão fiduciária dos recebíveis. O contrato estabelece um limite máximo de LTV de 50% e cobertura mínima de 125%, com remuneração de CDI + 1,60%.
Outra operação relevante foi a aplicação de R$ 34,6 milhões em um CRI lastreado em créditos pro-soluto cedidos por uma incorporadora listada em bolsa, que oferece proteção adicional contra inadimplência e fundo de reserva para cobertura de recebíveis.
Esses movimentos reforçam a estratégia da Kinea de manter exposição equilibrada a ativos de crédito com garantia real, buscando sempre rentabilidade ajustada ao risco.
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