Isenção de IR e dividendos no foco do mercado após eleições no congresso
As propostas de isenção de IR para rendimentos de até R$ 5.000 e a tributação de dividendos ganham destaque no Congresso, com implicações significativas para a economia e o mercado.

Após a eleição de Hugo Motta para a presidência da Câmara dos Deputados e Davi Alcolumbre para a presidência do Senado, o mercado brasileiro voltou suas atenções para questões fiscais fundamentais. A isenção de imposto de renda (IR) para rendimentos de até R$ 5.000 e a possibilidade de tributação de dividendos estão entre os principais temas debatidos, com impactos diretos sobre a economia e a legislação fiscal do país.
A isenção de IR para quem recebe até R$ 5.000 mensais, que é uma das promessas discutidas no Congresso, tem gerado grande expectativa no mercado. O movimento visa beneficiar a população de baixa renda, além de representar uma política de alívio fiscal. A proposta, no entanto, encontra desafios na sua implementação devido à necessidade de ajustes fiscais e ao impacto que a medida teria nas receitas do governo.
Além disso, o debate sobre a tributação de dividendos, um tema que já foi cogitado anteriormente no governo Bolsonaro, retorna com força. Se aprovado, o imposto sobre os lucros das empresas poderá ser uma medida importante para aumentar a arrecadação do governo federal, mas também gera resistência no setor privado, que teme o efeito negativo sobre o ambiente de negócios e o crescimento econômico.
As discussões sobre essas pautas acontecem no Congresso Nacional, com destaque para as ações no início de 2025, após a renovação das lideranças da Câmara e do Senado. As eleições para as presidências dessas casas legislativas definiram o rumo das prioridades políticas e fiscais para o ano. A expectativa é que as negociações sobre essas questões aconteçam nas próximas semanas, com a formação de comissões e debates sobre a viabilidade de tais reformas fiscais.
Essas mudanças fiscais têm o potencial de alterar significativamente o cenário econômico no Brasil. A isenção de IR, por exemplo, poderia impulsionar o consumo das famílias de baixa renda, resultando em um crescimento mais equilibrado da economia. Já a tributação de dividendos pode afetar diretamente o comportamento das empresas, especialmente aquelas que distribuem lucros com frequência. O mercado financeiro e investidores estrangeiros acompanham atentamente essas discussões, pois elas podem impactar a atratividade do Brasil como destino de investimentos.
O impacto das mudanças também deve ser sentido nos preços de ações, especialmente de empresas de grande porte, que têm maior participação na distribuição de dividendos. Além disso, as modificações propostas poderão afetar o panorama fiscal do país, influenciando tanto a percepção de risco quanto a confiança dos investidores em relação à capacidade do governo de manter suas contas equilibradas.