Nesta terça-feira (26), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados mais recentes do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é considerado uma prévia da inflação no país. Em setembro, o IPCA-15 registrou um aumento de 0,35%, comparado a uma elevação de 0,28% no mês anterior.

Os resultados ficaram em consonância com as projeções do mercado, que estimava um incremento de 0,37% para o período, conforme a mediana das estimativas da Bloomberg.

No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 apresentou uma alta de 5%, também alinhando-se com a expectativa média de 5,02% para o mesmo período.

Vale destacar que o IPCA-E, que representa a taxa de inflação trimestral do IPCA-15 (julho, agosto e setembro), exibiu um aumento de 0,56%, superando a taxa de -0,97% registrada no mesmo período de 2022.

Pesos no resultado

Em setembro, houve aumento em seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. O setor de Transportes registrou a maior variação, com um aumento de 2,02%, contribuindo com 0,41 pontos percentuais para o índice. Em contraste, o grupo de Habitação desacelerou em relação ao mês anterior, passando de um aumento de 1,08% para 0,30%.

No grupo de Transportes, a gasolina teve o maior impacto individual, com um aumento de 5,18% que contribuiu com 0,25 pontos percentuais para o índice total do mês. Outros combustíveis, como óleo diesel e gás veicular, também subiram, enquanto o preço do etanol caiu. As passagens aéreas tiveram uma recuperação significativa, com um aumento de 13,29% após uma queda de 11,36% em agosto.

No que diz respeito ao transporte público, o preço do táxi subiu devido a um reajuste nas tarifas em Fortaleza, enquanto as passagens de ônibus intermunicipais aumentaram em Salvador e Porto Alegre.

No grupo de Habitação, a energia elétrica residencial teve um aumento de 0,66%, impulsionada por um reajuste em Belém. A taxa de água e esgoto também subiu, devido a um reajuste em Brasília. No entanto, o gás encanado teve uma queda de 0,46% devido a reduções tarifárias em Curitiba e no Rio de Janeiro.

No grupo de Saúde e cuidados pessoais, o plano de saúde teve um aumento de 0,71% devido a reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar para planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com retroatividade a partir de julho. Como resultado, o IPCA-15 de setembro incluiu as frações mensais dos planos antigos referentes aos meses de julho, agosto e setembro.

Quedas no IPCA-15 setembro

No que diz respeito às quedas de preços, merece destaque o grupo de Alimentação e Bebidas, que teve uma redução de -0,77% e contribuiu com uma diminuição de -0,16 ponto percentual no índice geral.

Essa queda foi principalmente influenciada pela deflação nos preços dos alimentos consumidos em casa, que apresentaram uma redução de -1,25%. Entre os produtos que mais se destacaram com quedas de preço estão a batata-inglesa (-10,51%), cebola (-9,51%), feijão-carioca (-8,13%), leite longa vida (-3,45%), carnes (-2,73%), e frango em pedaços (-1,99%). Por outro lado, os preços do arroz (2,45%) e das frutas (0,40%) aumentaram, com ênfase para o limão (32,20%) e a banana-d’água (4,36%).

Quanto à alimentação fora de casa, houve um aumento de 0,46%, uma aceleração em comparação com o resultado do mês anterior, que foi de 0,22%. Os preços de lanches (0,74%) e refeições (0,35%) registraram altas, após terem apresentado variações de 0,14% e 0,35%, respectivamente, no mês de agosto.

Equipe MI

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