IPC-S da 1ª quadrissemana de outubro sobe 0,64% com pressão de alimentos
O IPC-S da primeira quadrissemana de outubro de 2024 registrou uma inflação de 0,64%, semelhante à variação anterior de 0,63%. O grupo Alimentação foi o principal responsável pelo aumento, passando de 0,04% para 0,24%, com destaque para a melhora nos preços de hortaliças e legumes.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou uma variação de 0,64% na primeira quadrissemana de outubro, refletindo uma leve elevação em comparação com a alta de 0,63% da quadrissemana anterior. Os dados foram divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 8 de outubro. Este resultado indica que a inflação continua a ser uma preocupação no cenário econômico brasileiro, com os alimentos desempenhando um papel crucial na formação dos preços.
Um dos principais fatores que contribuíram para essa elevação foi o grupo Alimentação, cuja taxa de variação saltou de 0,04% na quarta quadrissemana de setembro para 0,24% na primeira quadrissemana de outubro. A maior influência dentro desse grupo veio do comportamento dos preços de hortaliças e legumes, que, apesar de ainda apresentarem uma queda, melhoraram seu desempenho. A variação desses itens passou de -9,56% para -7,57%.
A alta nos preços dos alimentos é um tema recorrente que afeta diretamente o bolso dos consumidores e pode impactar outras classes de despesas. A demanda por hortaliças e legumes, especialmente em um período onde as condições climáticas podem afetar a oferta, contribui para essa dinâmica. Para entender melhor as variações de preços de diferentes alimentos, você pode conferir nosso artigo sobre [tendências de preços de alimentos](#).
Além do grupo Alimentação, outras classes de despesa também apresentaram aumentos em suas taxas de variação. O grupo Despesas Diversas viu sua taxa subir de 1,85% para 1,93%, evidenciando que os custos com serviços adicionais e itens não essenciais também estão subindo.
O grupo Transportes apresentou uma pequena melhora, passando de -0,32% para -0,25%. Essa alteração pode estar relacionada a uma ligeira alta nos preços dos combustíveis e tarifas de transporte público, que afetam diretamente a mobilidade urbana.
Os grupos que registraram elevações nas taxas de variação incluem:
– Habitação: A taxa de variação passou de 1,72% para 1,75%. Itens como aluguel e manutenção de imóveis influenciam diretamente esse resultado.
– Vestuário: A variação foi de -0,09% para -0,06%, com itens como calçados femininos apresentando leve alta de preços.
Os principais itens responsáveis por essas altas incluem:
– Serviços Bancários: A taxa aumentou de 1,65% para 1,99%, o que pode estar relacionado a tarifas de manutenção de contas e serviços financeiros.
– Tarifa de Ônibus Urbano: Este item mudou de -0,80% para 0,00%, indicando que os preços podem estar se estabilizando após quedas anteriores.
Apesar das altas, algumas classes de despesa apresentaram recuos. O grupo Educação, Leitura e Recreação teve uma variação que caiu de 1,51% para 0,89%. Esse resultado é significativo, pois reflete a sazonalidade do início do ano letivo, onde as matrículas e materiais escolares podem ter contribuído para a alta anterior.
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais também apresentou uma leve queda na taxa de variação, passando de 0,37% para 0,34%. Itens como medicamentos em geral (de 0,17% para 0,11%) e passagem aérea (de 8,78% para 5,07%) demonstram que a pressão inflacionária nesse setor está se moderando.
Por fim, o grupo Comunicação manteve sua taxa de variação em 0,31%. As principais influências foram observadas nas tarifas de telefonia. A tarifa de telefone móvel subiu de -0,02% para 0,00%, enquanto a tarifa de telefone residencial viu uma queda de 0,07% para -0,25%.