IPC-S desacelera para 0,31% na segunda quadrissemana de agosto, aponta FGV
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) apresentou uma desaceleração na segunda quadrissemana de agosto, marcando uma variação de 0,31%. Esse resultado representa uma redução significativa em relação aos 0,54% observados na primeira leitura do mês. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o índice nesta sexta-feira, 16 de agosto, destacando que o IPC-S […]

O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) apresentou uma desaceleração na segunda quadrissemana de agosto, marcando uma variação de 0,31%. Esse resultado representa uma redução significativa em relação aos 0,54% observados na primeira leitura do mês. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o índice nesta sexta-feira, 16 de agosto, destacando que o IPC-S acumula uma alta de 4,67% nos últimos 12 meses. Este desempenho indica uma moderação na pressão inflacionária que tem impactado a economia brasileira.
A desaceleração do IPC-S na segunda quadrissemana de agosto foi impulsionada por uma redução nas taxas de variação em sete das oito classes de despesa que compõem o índice. O grupo que mais contribuiu para a diminuição foi o de Educação, Leitura e Recreação. Esta classe de despesa viu sua taxa de variação cair de 2,91% para 1,58%. Um dos principais fatores para essa queda foi a redução na variação dos preços das passagens aéreas, que passaram de 15,09% para 8,09%.
Outras classes que também registraram desaceleração incluem Habitação, que caiu de 0,39% para 0,15%, e Despesas Diversas, que passou de 1,36% para 1,03%. Esses dados refletem uma tendência de alívio na pressão sobre o orçamento dos consumidores, o que pode indicar uma estabilização na inflação em algumas áreas do mercado.
Além das classes mencionadas, outros grupos de despesa também apresentaram desaceleração nas suas taxas de variação:
- Alimentação: A variação passou de -0,96% para -1,04%, com uma continuação na tendência de redução de preços em alimentos.
- Transportes: A taxa de variação diminuiu de 1,53% para 1,47%, refletindo uma moderação nos preços dos serviços de transporte.
- Saúde e cuidados pessoais: A variação reduziu-se de 0,02% para 0,01%, mostrando estabilidade nos custos relacionados à saúde.
- Comunicação: A taxa caiu de 0,19% para 0,18%, indicando uma leve redução nos preços dos serviços de comunicação.
Dentro das classes de despesa, alguns itens específicos destacaram-se pela variação em seus preços:
- Tarifa de eletricidade residencial: Registrou uma mudança significativa, de 0,88% para -0,03%, refletindo uma redução nas contas de energia elétrica.
- Serviços bancários: A variação passou de 2,19% para 1,55%, mostrando uma moderação nas tarifas bancárias.
- Hortaliças e legumes: Os preços destes itens diminuíram ainda mais, de -12,33% para -14,75%, indicando uma queda acentuada nos custos de alimentos frescos.
- Seguro facultativo para veículo: A variação caiu de 0,65% para 0,09%, com uma redução nos custos de seguros de veículos.
- Artigos de higiene e cuidado pessoal: Passaram de -0,90% para -0,99%, refletindo uma leve queda nos preços desses produtos.
- Mensalidade para TV por assinatura: A variação caiu de 1,83% para 1,07%, mostrando uma redução nos custos de entretenimento por TV.
O grupo Vestuário foi a exceção entre as classes de despesa, apresentando um avanço em sua taxa de variação. A taxa passou de -0,08% para 0,01%. O item calçados infantis, que havia mostrado uma variação de -5,49% na quadrissemana anterior, melhorou para -1,74%, indicando uma recuperação nos preços desse segmento.