IPC-S registra queda de 0,15% na 2ª quadrissemana de novembro em todas as capitais pesquisadas pela FGV
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou uma desaceleração nas sete capitais brasileiras na segunda quadrissemana de novembro, registrando um recuo de 0,15%.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou um recuo nas sete capitais brasileiras durante a segunda quadrissemana de novembro, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador fechou o período com uma variação negativa de 0,15%, contrastando com a alta de 0,32% observada na quadrissemana anterior. A desaceleração no índice reflete uma redução no ritmo de aumento dos preços ao consumidor nas principais regiões do país.
O que é o IPC-S e como ele afeta o consumidor
O IPC-S é um indicador que mede a variação semanal dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias, com foco em uma cesta de produtos como alimentos, transporte, vestuário, saúde e educação. Ele serve como uma referência para acompanhar a inflação de curto prazo e tem grande relevância para entender o impacto imediato no poder de compra dos consumidores.
Com a recente desaceleração, o IPC-S mostra um alívio nos preços, o que pode ser um reflexo de medidas econômicas ou de um comportamento do mercado que tem sido mais favorável aos consumidores. A redução da variação do IPC-S é um indicativo de que a inflação tem perdido força nas últimas semanas de novembro.
Como a desaceleração foi registrada nas capitais
O recuo do IPC-S variou de forma significativa entre as sete capitais pesquisadas pela FGV. A maior desaceleração foi observada em Brasília, onde o índice caiu de 0,47% para 0,16%. A cidade liderou a lista de variações mais expressivas, mostrando um alívio importante nos preços ao consumidor.
Outras capitais também apresentaram desacelerações, embora de magnitudes menores:
- Rio de Janeiro: O IPC-S caiu de 0,25% para 0,02%.
- Belo Horizonte: A variação foi de 0,48% para 0,30%.
- Salvador: Passou de 0,28% para 0,11%.
- São Paulo: A desaceleração foi de 0,49% para 0,34%.
- Porto Alegre: O índice permaneceu negativo, mas registrou uma ligeira piora, indo de -0,30% para -0,41%.
- Recife: A variação foi quase estável, de 0,94% para 0,91%.
Esses resultados indicam uma tendência de redução nos aumentos de preços em diversas regiões do Brasil, embora a pressão inflacionária persista em algumas áreas, como em Porto Alegre e Recife.
Quando e por que isso está acontecendo?
A desaceleração do IPC-S nas capitais brasileiras ocorre em um cenário de preços mais controlados, possivelmente devido a fatores como o enfraquecimento da demanda por determinados produtos e serviços e a diminuição de aumentos expressivos em categorias como alimentos e combustíveis. A queda no preço de combustíveis e a estabilização dos custos de bens essenciais têm ajudado a aliviar a pressão inflacionária nas famílias.
Outro fator importante é a recente política monetária do Banco Central, que tem trabalhado para controlar a inflação através de aumentos nas taxas de juros, o que pode ter começado a surtir efeito nas últimas semanas.
Além disso, a combinação de uma base de comparação mais alta em relação a meses anteriores e uma certa acomodação nas expectativas de inflação pode ter influenciado a desaceleração observada no IPC-S.
Impacto da desaceleração no mercado e nos consumidores
A desaceleração no IPC-S é um sinal positivo para os consumidores, pois implica que o custo de vida não está mais subindo tão rapidamente. A redução nos aumentos de preços pode proporcionar um alívio temporário para as famílias que enfrentam dificuldades devido à inflação alta dos últimos meses.
Para o mercado, a desaceleração pode representar uma diminuição da pressão sobre os custos de produção e uma possível estabilização nos preços de produtos e serviços. Isso pode trazer mais confiança para as empresas e consumidores, ajudando na recuperação econômica.
Contudo, é importante observar que, embora o IPC-S tenha desacelerado, a inflação ainda segue como um desafio para o poder de compra da população. A desaceleração não significa que os preços estão caindo, mas sim que o ritmo de aumento foi reduzido.