Por que ter parte dos investimentos no mercado internacional? Daniel Celano, da Schroders, explica
Daniel Celano e Vitor Cavalieri destacaram no Smart Summit 2025 a importância da diversificação de ativos no exterior e investimentos em dólar para proteger e ampliar o patrimônio em um mercado global.
A diversificação de ativos no mercado internacional foi o tema central da palestra realizada no primeiro dia do Smart Summit 2025, na última quinta-feira (13). O encontro reuniu o Diretor-Presidente da Schroders, Daniel Celano, e o Head de Internacional da InvestSmart, Vitor Cavalieri. Ambos destacaram como a exposição a investimentos em dólar e mercados globais é fundamental para proteger e ampliar o patrimônio dos investidores brasileiros em um mundo em constante transformação.
Investimentos no mercado internacional além do Ibovespa
O especialista da Schroders, Daniel Celano, ressaltou principalmente a ideia de que limitar os investimentos à bolsa brasileira e ao Ibovespa é uma visão restritiva e equivocada. O mercado de renda variável é muito mais amplo e engloba oportunidades que vão desde value investing, ações de crescimento (growth) até fundos de dividendos, tanto no Brasil quanto no exterior.
Com cerca de US$ 3 bilhões sob gestão na bolsa brasileira, a Schroders alerta que investir fora do país é praticamente uma necessidade. “Não posso limitar minhas movimentações em um mercado que representa apenas 1% dos ativos globais”, afirmou Celano.
“O CDI é o melhor investimento do mundo”
Um dos pontos mais provocativos da palestra foi a crítica à mentalidade predominante entre investidores brasileiros de que o CDI é sempre a melhor escolha. “Com esse pensamento, você abre mão de muitas oportunidades. Assim como não consumimos apenas produtos feitos no Brasil, precisamos aplicar esse raciocínio aos investimentos”, disse Cavalieri.
Outro destaque foi a relevância de acessar setores inovadores que muitas vezes não estão disponíveis na bolsa brasileira. O mercado de inteligência artificial e tecnologia, por exemplo, tem apresentado crescimento expressivo e gerado fundos consistentes nos últimos três anos.
Qual a plataforma ideal para investimentos internacionais?
Para os especialistas, estar exposto ao dólar e investir por meio de plataformas globais é a melhor forma de captar essas oportunidades. “Qualquer pessoa que tenha acima de 300 reais investidos deveria ter pelo menos 30% de sua carteira em ativos atrelados ao dólar”, sugeriu Celano.
Investir em mercados internacionais também é uma estratégia defensiva. Quando ocorrem crises locais, como a greve dos caminhoneiros ou o “Joesley Day”, o mercado brasileiro sofre forte impacto, enquanto os mercados internacionais seguem estáveis. Em contrapartida, eventos globais também afetam o Brasil, muitas vezes de forma ainda mais intensa.
Schroders reforça estratégia de diversificação
A Schroders, uma das maiores gestoras de investimentos do mundo, tem reforçado sua estratégia de oferecer soluções que garantam ao investidor brasileiro o acesso a mercados globais e proteção cambial. “Estar exposto ao dólar e viver esse mercado na essência é crucial para preservar e crescer o patrimônio”, concluiu Cavalieri.
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