Inflação de novembro: IPCA registra aceleração de 0,28%
No último mês de novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado um indicador-chave da inflação no Brasil, apresentou uma aceleração de 0,28%. Esta marca representa o menor resultado registrado para o IPCA durante um mês de novembro desde 2018, quando atingiu 0,21%. Considerado um dos principais indicadores do ritmo econômico do […]

No último mês de novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado um indicador-chave da inflação no Brasil, apresentou uma aceleração de 0,28%. Esta marca representa o menor resultado registrado para o IPCA durante um mês de novembro desde 2018, quando atingiu 0,21%.
Considerado um dos principais indicadores do ritmo econômico do país, o IPCA demonstrou um aumento de 0,04 ponto percentual em comparação com o mês anterior (0,24%). No entanto, este valor ficou aquém das expectativas do mercado.
No acumulado do ano, a inflação atingiu um crescimento de 4,04%. Ao longo dos últimos 12 meses, o aumento alcançou 4,68%, indicando uma possível redução em comparação aos 4,82% registrados no período imediatamente anterior.
Comparando os dados ano a ano, a variação do IPCA em novembro de 2022 foi de 0,41%.
IPCA de novembro abaixo das expectativas do mercado
Os resultados do IPCA de novembro e a inflação acumulada surpreenderam ao ficarem abaixo das expectativas do consenso do mercado. De acordo com Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, a estimativa da casa era de um aumento de 0,30%.
No mês de novembro, seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento de preços. O destaque foi para os alimentos e bebidas, cujos preços subiram 0,63%, contribuindo com 0,13 ponto percentual para o resultado geral do IPCA.
Gustavo Sung explica que as temperaturas mais elevadas e o aumento do volume de chuvas em diversas regiões do país impactaram a colheita de alimentos, exercendo pressão sobre os preços desses bens.
A seguir, é possível conferir a variação do IPCA em novembro por categoria:
GRUPO | VARIAÇÃO (%) E IMPACTO (P.P.) |
Índice Geral | 0,28% (+0,28 p.p.) |
Alimentação e bebidas | 0,63% (+0,13 p.p.) |
Habitação | 0,48% (+0,07 p.p.) |
Artigos de residência | -0,42% (-0,01 p.p.) |
Vestuário | -0,35% (-0,02 p.p.) |
Transportes | 0,27% (+0,06 p.p.) |
Saúde e cuidados pessoais | 0,08% (+0,01 p.p.) |
Despesas pessoais | 0,58% (+0,06 p.p.) |
Educação | 0,02% (0,00 p.p.) |
Comunicação | -0,50% (-0,02 p.p.) |
Além disso, os setores de Habitação e Transportes também registraram um aumento significativo de 0,48% (com acréscimo de 0,07 ponto percentual) e 0,27% (com acréscimo de 0,06 ponto percentual), respectivamente, durante o mês.
No segmento de Habitação, destaca-se o aumento nas tarifas de energia elétrica em áreas como Brasília, Goiânia e São Paulo, o que influenciou positivamente no aumento do IPCA.
Quanto ao grupo de Transportes, a elevação de 19,12% no custo das passagens aéreas teve o maior impacto individual no índice, contribuindo com 0,14 ponto percentual.
Com informações de Suno