O incêndio na COP30 registrado na tarde desta quinta-feira (20), na Blue Zone do evento em Belém, transformou em tensão um dos dias mais aguardados da conferência climática. O fogo começou em um dos pavilhões que recebem delegações de dezenas de países e levou à evacuação imediata do local, interrompendo temporariamente negociações oficiais. Não houve feridos, mas o episódio gerou correria, afetou a programação e repercutiu rapidamente na imprensa internacional.

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O que aconteceu: início das chamas e evacuação imediata

O incêndio teve início por volta do meio da tarde em um pavilhão próximo ao estande da China, dentro da Blue Zone — área restrita a representantes oficiais dos países e espaço central das negociações climáticas. Assim que as chamas foram percebidas, a equipe de segurança iniciou a evacuação completa da área, seguindo protocolos padrão para grandes eventos internacionais.

Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, o incêndio na COP30 foi rapidamente contido pelo Corpo de Bombeiros do Pará, que chegou ao local poucos minutos após o chamado. As estruturas atingidas eram feitas com materiais antichamas, o que ajudou a impedir que o fogo se espalhasse para outras áreas do evento.

Situação atual e posicionamento das autoridades

Com o fogo controlado, autoridades e organizadores passaram a avaliar os danos estruturais e as condições de segurança da Blue Zone. Ainda não há informações oficiais sobre a causa do incêndio, que será investigada pelas equipes responsáveis pela infraestrutura da COP30.

De acordo com Sabino, a organização deve emitir ao longo do dia um parecer sobre a retomada das atividades. A possibilidade de retorno ainda na quinta-feira não está descartada, mas a decisão depende da liberação técnica do espaço.

Ele também reforçou que situações como essa podem ocorrer em eventos de grande dimensão em qualquer lugar do mundo, criticando discursos que atribuem o incidente exclusivamente a Belém. “Esse princípio de incêndio poderia acontecer em qualquer lugar do planeta Terra. A população de Belém já não está aguentando mais esse tipo de preconceito”, afirmou.

O impacto imediato no evento e no ambiente da COP30

Mesmo com o controle das chamas, o episódio gerou correria e apreensão entre participantes. Algumas testemunhas relataram cheiro de plástico queimado no ar e disseram ter visto a lona do pavilhão ser perfurada pelo fogo. A retirada das delegações ocorreu de forma rápida, mas muitas pessoas correram em direção às saídas, preocupadas com a propagação das chamas.

A evacuação também afetou a dinâmica de reuniões multilaterais que estavam previstas para o período da tarde, especialmente considerando que a COP30 já se aproximava de seu penúltimo dia de debates — momento em que as negociações costumam se intensificar.

Repercussão internacional: cobertura ampla e imediata

A dimensão da COP30 fez com que o incêndio fosse rapidamente noticiado por veículos internacionais. O The Guardian publicou vídeos registrados por jornalistas que estavam na área no momento do incidente. A BBC relatou a presença de chamas e fumaça, além da retirada emergencial de sua equipe.

Na Europa, o espanhol El País destacou que a cúpula climática precisou ser suspensa e evacuada. O francês Le Figaro relatou pânico entre participantes e mencionou o cheiro de plástico queimado que pairava sobre a área externa. Já na América do Sul, o argentino Clarín descreveu o espalhamento rápido das chamas e testemunhas gritando “Fogo! Fogo!”, enquanto La Nación chamou atenção para o fato de o incidente ocorrer no penúltimo dia da conferência.

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