IGP-M sobe 0,33% na 1ª prévia de janeiro, após alta de 0,83% em dezembro
O IGP-M registrou alta de 0,33% na primeira prévia de janeiro, desacelerando em relação ao mês anterior.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou uma desaceleração em janeiro, registrando uma alta de 0,33% na primeira prévia do mês. Esse valor representa uma queda significativa em relação ao aumento de 0,83% registrado no mesmo período de dezembro, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Este indicador é um dos principais termômetros da inflação no Brasil e serve como base para o reajuste de aluguéis, impactando diretamente consumidores e empresas.
Desempenho dos componentes do IGP-M
O IGP-M é composto por três índices principais: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), o Índice Nacional da Construção Civil (INCC-M) e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M). Cada um desses componentes apresentou variações distintas que contribuíram para o comportamento geral do indicador.
Queda no IPA-M
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que mede a variação dos preços de produtos no atacado, teve uma desaceleração expressiva. Em dezembro, o IPA-M havia registrado uma alta de 1,09%, mas essa taxa caiu para apenas 0,31% na primeira prévia de janeiro. Essa queda no IPA-M reflete a redução na pressão sobre os preços dos bens intermediários e matérias-primas, que geralmente são mais sensíveis às flutuações econômicas. O comportamento do IPA-M é importante, pois ele reflete a dinâmica da inflação nas etapas iniciais da cadeia produtiva, influenciando diretamente os custos finais para o consumidor.
Estabilidade no INCC-M
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC-M), que mede o impacto da inflação nos custos de construção civil, apresentou uma leve desaceleração. Em dezembro, o INCC-M teve uma alta de 0,52%, enquanto a primeira prévia de janeiro mostrou uma variação de 0,51%. Embora tenha sido uma variação pequena, a estabilidade do INCC-M é um sinal importante, pois indica que o setor de construção civil pode estar passando por uma fase de leve desaceleração no ritmo de aumento de seus custos. O comportamento do INCC-M impacta diretamente os preços de materiais de construção e o custo de obras no país.
Aceleração no IPC-M
Enquanto o IPA-M e o INCC-M apresentaram quedas ou estabilidade, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) acelerou em janeiro. Após registrar uma variação de 0,03% em dezembro, o IPC-M aumentou para 0,30% na primeira prévia de janeiro. O IPC-M mede a variação dos preços no varejo e reflete a inflação que impacta diretamente o consumidor, cobrindo itens como alimentação, vestuário e transporte. A aceleração desse índice pode sinalizar que a pressão sobre os preços ao consumidor está voltando a crescer, o que pode afetar o poder de compra das famílias brasileiras.
Por que a desaceleração no IGP-M?
A desaceleração do IGP-M em janeiro reflete um ajuste natural dos preços após o período de alta registrado em dezembro. O final de ano costuma ser marcado por maiores despesas, com aumento na demanda por produtos e serviços, o que pode pressionar os índices inflacionários. Em janeiro, essa pressão tende a diminuir, resultando em uma desaceleração no ritmo de aumento de preços.
No entanto, a aceleração do IPC-M, como mencionado, mostra que o consumidor ainda pode sentir a inflação em sua cesta básica. Isso pode ser reflexo da dinâmica de custos em itens essenciais, como alimentos e transporte, que frequentemente impactam mais diretamente o orçamento familiar.
Impactos econômicos e expectativas para os próximos meses
O comportamento do IGP-M tem implicações importantes para o mercado imobiliário e para os consumidores. Como o IGP-M é utilizado como referência para o reajuste de aluguéis, a desaceleração do índice pode significar uma menor pressão sobre os preços dos aluguéis nos próximos meses, o que pode trazer alívio para inquilinos. Por outro lado, a aceleração do IPC-M pode manter os consumidores em alerta, especialmente aqueles que já enfrentam aumentos no custo de vida devido à alta dos preços de alimentos e outros produtos essenciais.