IGP-M sobe 1,11% na segunda prévia de novembro, desacelerando frente ao mês anterior
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,11% na segunda prévia de novembro de 2024, desacelerando frente ao mês anterior, quando registrou alta de 1,37%.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou uma alta de 1,11% na segunda prévia de novembro de 2024, uma desaceleração em relação ao aumento de 1,37% registrado no mesmo período de outubro. O indicador, amplamente utilizado para reajustes de contratos, como aluguéis, mostra que os preços continuam a subir, mas com uma pressão inflacionária menor em relação ao mês passado. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou os números nesta terça-feira, 19 de novembro, apontando uma redução nas taxas de variação de todos os seus componentes.
Desaceleração generalizada nos componentes do IGP-M
A desaceleração observada na segunda prévia de novembro foi registrada em todos os três índices que compõem o IGP-M, refletindo uma suavização na inflação em diferentes setores da economia.
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O IPA, que mede a variação de preços no atacado, teve uma desaceleração, passando de 1,76% na segunda prévia de outubro para 1,46% na leitura de novembro. Essa desaceleração indica uma redução no ritmo de alta dos preços das matérias-primas e produtos industriais, fatores cruciais para a formação dos custos das empresas e da economia como um todo.
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O IPC, que reflete as variações de preços no varejo, teve uma queda considerável, de 0,34% para apenas 0,10%. Esse dado é significativo porque mostra um arrefecimento na inflação dos produtos e serviços consumidos pelas famílias, especialmente no setor de alimentos e bebidas, que costuma ser mais volátil. Essa redução no IPC pode indicar um alívio no custo de vida para os consumidores, um reflexo de uma possível estabilização da pressão inflacionária sobre os bens de consumo.
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
O INCC, por sua vez, teve uma variação de 0,57% em outubro, caindo para 0,49% na segunda prévia de novembro. Esse índice acompanha a evolução dos custos de construção e reflete uma desaceleração no aumento dos preços de materiais e mão de obra na construção civil. A leve queda no INCC sugere um possível alívio no setor da construção, que foi um dos mais impactados pela inflação nos últimos meses.
O que isso significa para a economia brasileira?
O IGP-M é um dos principais indicadores de inflação no Brasil, amplamente utilizado em ajustes de aluguéis e contratos de longo prazo. A desaceleração dos preços registrada na segunda prévia de novembro é um alívio para consumidores e empresas que enfrentaram uma inflação crescente nos últimos meses. Apesar da alta do índice, a redução nas taxas de variação é um sinal de que a pressão inflacionária pode estar começando a diminuir, o que pode influenciar o planejamento econômico para o final do ano e início de 2025.
Além disso, o arrefecimento nos componentes do IGP-M, como o IPC e o INCC, pode indicar que a política monetária adotada pelo Banco Central, com a manutenção das taxas de juros, está começando a ter efeitos sobre os preços. O IPCA, outro importante índice de inflação, que também influencia as decisões do Banco Central, poderá seguir uma trajetória semelhante.