IGP-10 desacelera para 0,45% em julho, com queda significativa nos preços de alimentos
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou uma variação de 0,45% em julho, mostrando uma desaceleração significativa em relação aos 0,83% registrados em junho. Este movimento é um indicativo de menores pressões inflacionárias, especialmente devido à queda nos preços de alimentos in natura, que impactaram diretamente o custo de vida no Brasil. Com […]

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou uma variação de 0,45% em julho, mostrando uma desaceleração significativa em relação aos 0,83% registrados em junho. Este movimento é um indicativo de menores pressões inflacionárias, especialmente devido à queda nos preços de alimentos in natura, que impactaram diretamente o custo de vida no Brasil. Com esses dados, o índice acumula alta de 1,63% no ano e 3,38% em 12 meses.
Impacto dos alimentos
Um dos principais motores dessa desaceleração foi a redução nos preços de alimentos in natura, que resultou em deflação no grupo alimentação. De acordo com André Braz, economista da FGV/Ibre, a queda nos preços desses alimentos foi crucial para a desaceleração observada no IGP-10. Mesmo diante da desvalorização do real frente ao dólar, os componentes do índice mostraram uma tendência de baixa.
Índice de Preços ao Produtor (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor (IPA) teve uma alta de 0,49% em julho, um valor inferior ao 0,88% registrado no mês anterior. Essa queda reflete uma alteração importante no comportamento dos preços, especialmente no subgrupo de alimentos in natura, que passou de uma variação positiva de +3,30% para uma deflação de -3,99%. Isso demonstra uma clara mudança nas dinâmicas de oferta e demanda no mercado de alimentos.
Desempenho dos Bens Intermediários e Finais
Analisando mais detalhadamente, os Bens Finais apresentaram uma variação muito modesta de apenas 0,07%, enquanto os Bens Intermediários desaceleraram de 0,77% para 0,44%. Essa desaceleração foi principalmente influenciada pela queda nos preços dos materiais e componentes para a manufatura, evidenciando um impacto direto na produção industrial.
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também mostrou um comportamento semelhante, caindo de 0,54% em junho para 0,24% em julho. Essa queda foi observada em cinco das oito classes de despesa, sendo a mais significativa em Alimentação, que teve uma variação de 0,97% para -0,12%. Essa deflação nos alimentos é um sinal positivo para o bolso do consumidor.
Análise de classes de despesa
Os itens que mais contribuíram para essa queda foram hortaliças e legumes, além do aluguel residencial. Por outro lado, alguns grupos, como Educação e Vestuário, mostraram um aumento nas suas taxas de variação, indicando um comportamento heterogêneo entre as diferentes classes de despesa.
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também apresentou um resultado relevante, registrando uma variação de 0,54% em julho, abaixo dos 1,06% observados em junho. Essa desaceleração foi especialmente notável na Mão de Obra, que passou de 1,96% para 0,83%. Essa tendência pode indicar um arrefecimento nos custos de construção, refletindo um ambiente econômico mais estável.