Petrobras puxa queda do Ibovespa nesta quinta-feira (12)
Em mais um dia de volatilidade nos mercados financeiros, o Ibovespa registrou uma queda de 0,48%, encerrando o pregão a 134.029,43 pontos. Este foi o sexto dia consecutivo de variação nos resultados, mantendo a tendência de alternância observada nas últimas sessões. O índice perdeu 647,32 pontos, refletindo a incerteza no mercado local. Desempenho Corporativo O […]
Em mais um dia de volatilidade nos mercados financeiros, o Ibovespa registrou uma queda de 0,48%, encerrando o pregão a 134.029,43 pontos. Este foi o sexto dia consecutivo de variação nos resultados, mantendo a tendência de alternância observada nas últimas sessões. O índice perdeu 647,32 pontos, refletindo a incerteza no mercado local.
Desempenho Corporativo
O dia foi marcante para Petrobras (PETR4), que viu suas ações caírem 1,13%. O recuo ocorreu após o Goldman Sachs revisar suas projeções para a empresa, reduzindo o preço-alvo e as estimativas de dividendos, apesar da alta nos preços internacionais do petróleo.
Por outro lado, Vale (VALE3) teve um desempenho positivo, com alta de 0,90%, seguindo a tendência de recuperação observada anteriormente. A ação continua a se valorizar, beneficiando-se do bom desempenho nas commodities.
O setor bancário brasileiro não teve um bom dia, com as ações dos principais bancos apresentando quedas significativas. O Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú Unibanco (ITUB4) caíram 1,13% e 1,10%, respectivamente, enquanto Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) registraram perdas de 0,45% e 0,97%, respectivamente. A B3 (B3SA3) também sofreu uma baixa de 0,66%, refletindo o corte de recomendação para neutra pelo BofA.
Além disso, a WEG (WEGE3) caiu 0,36% após anunciar a aquisição da fabricante turca de motores elétricos Volt, e a Eletrobras (ELET3) teve uma baixa de 1,20% depois de solicitar mais tempo para negociações com o governo. CVC (CVCB3), por sua vez, teve uma alta inicial significativa, mas acabou fechando com uma queda de 2,67% após um esperado acordo para alongar dívidas.
Maiores altas do dia na Bolsa (12)
Maiores altas
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
NTCO3 | +3.65% | R$ 14,47 |
CMIN3 | +3.27% | R$ 6,31 |
RAIZ4 | +2.34% | R$ 3,06 |
EMBR3 | +2.31% | R$ 50,95 |
IRBR3 | +1.89% | R$ 46,85 |
Maiores baixa do dia na Bolsa (12)
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
BRAV3 | -5.06% | R$ 21,39 |
HYPE3 | -3.01% | R$ 28,37 |
AZUL4 | -2.65% | R$ 4,04 |
CRFB3 | -2.50% | R$ 9,36 |
RAIL3 | -2.13% | R$ 21,14 |
Desempenho das bolsas internacionais
O dólar comercial também seguiu uma trajetória de baixa, caindo 0,51% e cotado a R$ 5,61. Esse movimento está alinhado com a queda global da moeda americana, que registrou uma diminuição de 0,39% em relação ao índice DXY.
Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York fecharam em alta, impulsionadas por uma série de indicadores econômicos mistos. O Dow Jones subiu 0,58%, o S&P 500 avançou 0,75% e o Nasdaq teve um aumento de 1,00%. Esses ganhos foram sustentados por um leve aumento de 0,2% no índice de preços ao produtor (PPI) para agosto, apesar da desaceleração anual, e um aumento nos pedidos de seguro-desemprego. A expectativa está voltada para a decisão do Federal Reserve na próxima semana, que poderá impactar as direções futuras do mercado.
Na Europa, os mercados também mostraram uma tendência positiva. O Banco Central Europeu cortou sua taxa de juros em 0,25 pontos percentuais, levando a um fechamento positivo das bolsas. A presidente Christine Lagarde afirmou que a trajetória da taxa de juros é descendente, mas o ritmo futuro continua incerto.
Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas
Nome | Fechamento | Variação em pts | Variação em % |
🇧🇷 Bovespa | 134.029 | -647 | -0,48% |
🇧🇷 USD/BRL | 5,6266 | – 0,0360 | – 0,63 |
🇺🇸 S&P 500 | 5.535,50 | +41,63 | +0,75 |
Agenda econômica brasileira
No Brasil, a agenda econômica trouxe notícias mistas. O volume de vendas do comércio varejista cresceu 0,6% em julho, recuperando-se da retração de 0,9% registrada em junho. Esse crescimento sugere uma recuperação parcial, embora os economistas estejam divididos sobre o impacto a longo prazo.
Leonardo Costa, economista do ASA, acredita que, apesar do bom desempenho no varejo, há sinais de desaceleração no crescimento do PIB para o terceiro trimestre de 2024. Em contraste, Igor Cadilhac, economista do PicPay, aponta para um início de semestre mais dinâmico do que o esperado. Ele acredita que o aquecimento do mercado de trabalho, o aumento da massa salarial, a expansão do crédito e a inflação controlada continuarão a sustentar o consumo das famílias, mesmo frente às taxas de juros elevadas.
Atualizações políticas e econômicas
Em termos políticos, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei importante que prevê uma transição de três anos para o fim da desoneração da folha de pagamentos e para a implementação da alíquota plena do INSS em municípios com até 156 mil habitantes. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamou a aprovação de uma “vitória importante” e comemorou o resultado, embora esteja aberto a novas negociações.
Haddad também expressou sua preocupação com os efeitos econômicos das queimadas no país, que, até o momento, não impactaram significativamente a safra, mas têm causado preocupação quanto aos prejuízos econômicos futuros.