Ibovespa encerra em alta na Super Quarta pelo sexto dia seguido
O Ibovespa encerrou esta quarta-feira (19) em alta de 0,79%, aos 132.508 pontos, marcando a sexta alta consecutiva e registrando a maior sequência de ganhos em sete meses.

O Ibovespa hoje avançou pelo sexto pregão consecutivo nesta quarta-feira (19), acompanhando o bom humor dos mercados internacionais e renovando o maior nível desde outubro de 2024. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,79%, encerrando aos 132.508,45 pontos, impulsionado pela alta das bolsas de Nova York e pela expectativa em torno da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para após o fechamento do mercado.
O movimento de valorização reflete o cenário externo favorável, com o Federal Reserve (Fed) mantendo as taxas de juros dos Estados Unidos inalteradas, além da espera pelo novo ajuste na Selic, que deve subir 1 ponto percentual. Já o dólar à vista acompanhou o bom humor e recuou 0,42%, encerrando cotado a R$ 5,6480, no menor patamar desde outubro do ano passado.
Mercado à espera do Copom impulsiona o Ibovespa hoje
O bom desempenho do Ibovespa hoje foi impulsionado, principalmente, pela expectativa da decisão do Banco Central sobre a taxa básica de juros. O Copom deve anunciar uma elevação de 1 ponto percentual, levando a Selic para 14,25% ao ano, seguindo o direcionamento sinalizado em dezembro.
A reunião de hoje marca um momento decisivo para o mercado, que busca pistas sobre o ritmo das próximas altas. A trajetória da Selic pode impactar diretamente o apetite dos investidores por ativos de risco, como as ações brasileiras.
A decisão do Copom, acompanhada do comunicado, será fundamental para indicar o caminho dos juros daqui para frente, especialmente diante de um cenário de inflação ainda resistente.
Bolsas dos EUA sobem forte e influenciam o Ibovespa hoje
O clima positivo no mercado também foi alimentado pelo desempenho das bolsas americanas. O Federal Reserve (Fed) manteve a taxa de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano, sem surpresas, o que trouxe alívio aos investidores.
Apesar de o Fed ter elevado as projeções de inflação para os próximos anos e previsto um crescimento mais fraco da economia americana, o mercado reagiu bem ao fato de o banco central manter a expectativa de dois cortes de 0,25 ponto percentual nos juros ao longo de 2025.
Os principais índices de Wall Street fecharam o dia em alta:
- Dow Jones: +0,92%, aos 41.964,63 pontos;
- S&P 500: +1,08%, aos 5.675,29 pontos;
- Nasdaq: +1,41%, aos 17.750,79 pontos.
Essa valorização ajudou a reforçar o movimento positivo do Ibovespa hoje, que se beneficiou da maior disposição dos investidores por ativos de risco.
Destaques do dia: Vivara dispara e Hapvida recua no Ibovespa
Entre os destaques do Ibovespa hoje, a Vivara (VIVA3) liderou os ganhos após apresentar um forte resultado no balanço do quarto trimestre de 2024. A joalheria reportou um lucro líquido de R$ 299,4 milhões no período, quase o dobro do registrado no ano anterior. No acumulado de 2024, o lucro somou R$ 653,4 milhões, alta de 71,4%.
Na avaliação do BTG Pactual, os resultados foram sólidos e vieram dentro das expectativas. Esse desempenho animou o mercado e levou os papéis da companhia a liderarem os ganhos do dia.
Na outra ponta, Hapvida (HAPV3) registrou queda em meio à expectativa pelo balanço do quarto trimestre, que será divulgado após o fechamento dos mercados. A empresa também foi pressionada pelos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que aumentaram as incertezas sobre o setor de saúde suplementar.
Comportamento das blue chips: Petrobras estável e Vale em queda
As blue chips apresentaram um comportamento misto no pregão. A Petrobras (PETR4; PETR3) terminou o dia estável, mesmo com a valorização do petróleo no mercado internacional. Já a Vale (VALE3) recuou mais uma vez, pressionada pela queda nos preços do minério de ferro.
O desempenho dessas gigantes foi determinante para conter uma alta ainda maior do Ibovespa hoje, que seguiu o tom de cautela dos investidores em relação ao cenário externo e à decisão do Copom.
Dólar recua e fecha no menor nível desde outubro de 2024
Outro destaque do dia foi o desempenho do dólar. A moeda americana recuou 0,42%, terminando o pregão cotada a R$ 5,6480. Esse é o menor patamar desde 15 de outubro de 2024, refletindo o alívio no mercado global e a expectativa pela decisão do Copom.
A queda do dólar reforça o movimento de entrada de capital estrangeiro, o que também contribuiu para a valorização do Ibovespa hoje.
Perspectivas: foco total no Copom e nas próximas sinalizações
O mercado segue atento ao comunicado do Banco Central, que pode trazer novas pistas sobre o rumo da política monetária brasileira. A expectativa é de que o ciclo de altas continue, o que pode impactar diretamente a Bolsa, o câmbio e o mercado de juros.
Para os próximos dias, a atenção se volta ainda para o desempenho das commodities e novos dados da economia americana, que podem influenciar o apetite global por risco.
Maiores altas do Ibovespa hoje (19)
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
VIVA3 | +7.57% | R$ 19,18 |
LWSA3 | +5.38% | R$ 2,74 |
IRBR3 | +4.67% | R$ 50,46 |
VAMO3 | +4.17% | R$ 4,25 |
CVCB3 | +4.10% | R$ 2,03 |
Maiores quedas do Ibovespa hoje (19)
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
HAPV3 | -4.24% | R$ 2,26 |
SLCE3 | -3.52% | R$ 18,66 |
RECV3 | -1.68% | R$ 16,39 |
VIVT3 | -1.40% | R$ 50,59 |
AURE3 | -1.15% | R$ 7,73 |
Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas
Nome | Fechamento | Variação em pts | Variação em % |
🇧🇷 Bovespa | 132.566 | +1.091 | +0,83% |
🇧🇷 USD/BRL | 5,6454 | -0,0248 | -0,44% |
🇺🇸 S&P 500 | 5.676,20 | +61,53 | +1,10% |
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