O GPA (PCAR3) divulgou nesta terça-feira (05/08) seu balanço financeiro do segundo trimestre de 2025, revelando uma redução de 35% no prejuízo líquido, que totalizou R$ 216 milhões. O número representa uma melhora significativa em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a companhia reportou perdas de R$ 332 milhões. O resultado veio melhor que o esperado por analistas, que projetavam um prejuízo de R$ 235 milhões, segundo a média compilada pela LSEG.

A melhora no desempenho da varejista é atribuída a fatores operacionais e sazonais, especialmente ao efeito positivo do feriado da Páscoa, que em 2025 foi deslocado para o segundo trimestre, beneficiando o volume de vendas. O bom desempenho da bandeira Pão de Açúcar também teve papel central na recuperação.

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Ebitda e vendas reforçam recuperação do GPA (PCAR3)

Além da redução no prejuízo, o resultado operacional do GPA (PCAR3) também apresentou crescimento. O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 420 milhões no trimestre, com alta de 6,1% na comparação com o 2T24. A margem Ebitda também evoluiu, subindo 0,2 ponto percentual, para 9%.

As vendas totais do grupo atingiram R$ 5,1 bilhões, o que representa um avanço de 5,8% na comparação anual. Já a receita líquida foi de aproximadamente R$ 4,7 bilhões, com alta de 4,2% frente ao mesmo período do ano anterior.

No critério de mesmas lojas — que exclui o impacto da abertura ou fechamento de unidades — as vendas subiram 5,1%, mesmo descontando o efeito sazonal da Páscoa. O destaque ficou com a bandeira Pão de Açúcar, que representa metade do faturamento do grupo e apresentou crescimento de 6,5% no período.

Mudança na estratégia de expansão de lojas

Em paralelo aos resultados financeiros, o GPA comunicou ao mercado uma mudança relevante em sua estratégia de expansão. A empresa decidiu interromper a divulgação de projeções para abertura de novas lojas, alegando um ritmo mais lento de inaugurações no segundo semestre de 2025 e ao longo de 2026.

A varejista já concluiu 213 das 300 unidades previstas em seu plano de crescimento, o que reforça que o avanço estrutural já foi em grande parte alcançado. O grupo também mencionou que a decisão está relacionada ao atual cenário macroeconômico desafiador, marcado por altas taxas de juros, o que exige uma abordagem mais cautelosa no que diz respeito a investimentos.

No segundo trimestre, o GPA inaugurou nove lojas, distribuídas entre cinco unidades da bandeira Minuto Pão de Açúcar, três Mini Extra e uma Extra Mercado.

Perspectivas para o GPA (PCAR3) e o setor de varejo

Mesmo diante de um cenário econômico desafiador, o GPA (PCAR3) conseguiu apresentar sinais claros de recuperação operacional e controle de prejuízos, o que foi bem recebido por analistas e investidores. A redução do prejuízo e o avanço nas vendas em lojas comparáveis mostram que a companhia vem conseguindo responder bem às demandas do mercado e manter sua competitividade, especialmente com o fortalecimento da marca Pão de Açúcar.

A decisão de pausar as metas de expansão pode ser vista como uma estratégia de preservação de capital e foco na rentabilidade das unidades já existentes, priorizando qualidade sobre quantidade no processo de crescimento.

Além disso, o desempenho acima do esperado reforça o potencial de valorização das ações PCAR3, que vêm sendo monitoradas de perto por analistas e investidores interessados em ativos do setor de varejo alimentar.

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